Igreja no Camboja celebra seus mártires
Dom Oliver Schmitthaeusler |
Phnom Penh (Segunda-feira, 30-04-2012, Gaudium Press) No próximo dia 5 de maio, será celebrado em Tangkok, a memória dos mártires cambojanos. Para marcar a data, haverá uma vígilia de oração que será conduzida pelo Vigário Apostólico de Phonm Penh, Dom Oliver Schmitthaeusler.
Segundo o prelado, “a memória dos mártires cambojanos é uma herança e um precioso patrimônio de fé que os fiéis cambojanos são chamados a conservar, orgulhosos e honrados de ser discípulos de Jesus Cristo”.
Dom Schmitthaeusler, recorda ainda o anúncio da Ressurreição e exorta os fiéis a “tornarem-se testemunhas desta esperança que mudou a face da terra”. Ele diz que “devemos ser orgulhosos e honrados porque somos filhos e filhas de Deus, porque Deus estabeleceu uma aliança com cada um de nós, porque Deus ressuscitou Jesus e nos doou a vida eterna”.
O prelado afirma que “Jesus nos ensinou a servir, a ocupar o último lugar e a levar a nossa cruz”, concentrando-se na condição da Igreja no Camboja, recordando a contribuição dos mártires.
Segundo ele, “os eventos do genocídio de Pol Pot demonstraram que as sementes da fé depostas pelos nossos antepassados estavam vivas. A Igreja foi dizimada: o sangue de nossos bispos, de nossos sacerdotes, de nossos irmãos e irmãs, de centenas de batizados, foi derramado para fecundar nossos arrozais. A Igreja vive graças àqueles que deram a vida por amor”.
Por isso, nota Dom Schmitthaeusler, os fiéis podem estar “orgulhosos e honrados” de serem membros da Igreja no Camboja, “porque o sangue de nossos mártires anima nossas comunidades”.
O Vigário convida os fiéis a participar com empenho das celebrações e das atividades das paróquias, dando “testemunho do amor e da misericórdia de Deus por todos os homens”.
Cerca de dois milhões de cambojanos foram mortos entre 1975 e 1979 sob o regime de terror instaurado pelos Khmer vermelhos de Pol Pot.
Dentre os mártires cambojanos estão o Bispo Paul Tep Im Sotha, primeiro Prefeito apostólico de Battambang, e padre Jean Badre, brutalmente assassinados em 1975. (LB/JS)
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