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Bispos chineses são libertados após um mês de prisão

Pequim (Quinta-feira, 19-04-2012, Gaudium Press) Dois bispos católicos não reconhecidos pelo governo da China foram liberados após permanecerem detidos durante mais de quatro semanas nas quais foram obrigados a assistir sessões políticas. Durante a detenção, Dom Peter Shao Zhumin e Dom Peter Jin Lugang Nanyang foram pressionados pelas autoridades para que se tornassem partidários da Associação Patriótica, uma igreja estatal que não obedece o Vaticano.

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Dom Peter Shao foi um dos bispos detidos pela Associação Patrótica da China

Como informou a agência Asia News, Dom Shao foi preso para que se obtivesse informações sobre a ordenação de um bispo em Tianshui, sem a autorização do governo comunista chinês, que pretende aplicar uma política de eleição e ordenação de bispos de forma independente da Santa Sé.

Em meio a sua detenção, Dom Shao foi enviado “de férias” à cidade de Leshan, onde está situada a residência de Lei Shiyin, um bispo ordenado pela Associação Patriótica, que não tem permissão do Papa e que foi excomungando pela Igreja. Segundo fontes locais, chegando lá, o bispo estatal “recomendou” que Dom Shao cooperasse com as autoridades. O prelado afirmou estar aberto à cooperação, mas manifestou que esta deveria estar condicionada à obediência à Igreja “una, santa, católica e apostólica”.

O mesmo procedimento foi aplicado a Dom Lugang, que não pôde celebrar o Tríduo Pascal.

Conforme fontes não reveladas pela Asia News, as detenções de sacerdotes por várias semanas e a pressão para incorporá-los à Associação Patriótica tornou-se comum durante este ano. “Dezenas de sacerdotes são levados a cada semana e são libertados após vários dias”, informaram as fontes. Em várias áreas, os fiéis temem ser presos e, por conta disso, suspenderam suas atividades. “Os controles são intensos: visitas aos lares: interceptação de telefonemas e de conversas pela internet… não escapa nada deles”, declararam.

Com informações da Ásia News.

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