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Bispos americanos criticam liberação do governo dos EUA do uso de “pílulas do dia seguinte” por menores

Washington (Sexta, 24-04-2009, Gaudium Press) Bispos americanos protestaram nesta sexta-feira contra a decisão do governo americano de liberar a comercialização das chamadas “pílulas do dia seguinte” para menores de 18 anos. A decisão foi tomada pelo Food and Durg Administration (FDA), órgão responsável pela regulação de todos os remédios e alimentos no país.

De acordo com as novas regras, jovens com 17 anos agora podem comprar as pílulas em drogarias americanas, sem a necessidade de receita médica. Antes, somente maiores de 17 podiam fazê-lo.

A medida suscitou manifestações imediatas de grupo de defesa dos direitos humanos, de proteção aos jovens e da Igreja Católica americana. Em nota, a Conferência Episcopal estadunidense reprovou a decisão do FDA e disse que a liberação coloca em risco a saúde dos adolescentes e mina o direito dos pais de tutelar a saúde de seus filhos.

No comunicado, os bispos alertaram sobre a potência química do remédio, “uma pílula abortiva”, e do risco para a saúde dos menores de idade que está sendo “desprezado”. “A gravidez não é uma doença e a fertilidade não é uma condição patológica, e a decisão não possui um respaldo terapêutico. As pílulas podem provocar danos às mulheres e aos seus filhos recém-concebidos”, afirmaram os religiosos.

Os bispos americanos ponderaram ainda que, “sem um controle médico, muitos jovens correm o risco de não conhecer a ação abortiva e os outros perigos derivados do uso do remédio, em particular o risco após o uso repetitivo”. Os bispos concluem recordando que, segundo uma pesquisa, a pílula do dia seguinte não conseguiu reduzir as taxas de gravidez indesejadas nem o aborto; “ao invés disso, levou a uma maior incidência de risco sexual entre os adolescentes e a uma difusão mais alta de doenças sexualmente transmissíveis”.

 

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