Fiéis cubanos se despedem de Dom Agustín Román em Miami
Miami (Segunda-feira, 16-04-2012, Gaudium Press) Centenas de exilados cubanos e fiéis católicos latinos participaram no último sábado, 14, da cerimônia fúnebre do bispo auxiliar emérito de Miami, nos Estados Unidos, Dom Agustín Román, que faleceu na última quarta-feira, 11. O prelado viveu em Cuba até 1961 quando foi exilado por motivos políticos. Em razão disso, ficou sendo considerado um pai espiritual para o exílio de Cuba.
Féretro em que repousa Dom Román esteve presente durante a cerimônia na Catedral de Miami/ Foto: Arquidiocese de Miami |
A cerimônia começou na ermida do Santuário de Nossa Senhora da Caridade do Cobre – igreja fundada por ele -, onde o seu caixão estava exposto ao público. De lá, os fiéis saíram em procissão fúnebre pelas ruas da cidade. O destino da caminhada foi a Catedral de Santa Maria de Miami, onde foi oficiada a missa de exéquias com celebração realizada pelo arcebispo local, Dom Thomas Wenski. A cerimônia contou com a presença do núncio nos Estados Unidos, Dom Carlos Maria Viganò, que representou o Papa na cerimônia.
Em sua homilia, Dom Thomas ressaltou o trabalho dedicado pelo prelado cubano à Igreja e à nação de sua país de origem. “Quando eu fiquei sabendo do falecimento do bispo Román na noite de quarta-feira, eu disse: ‘A Arquidiocese de Miami perdeu um grande evangelizador que pregou o evangelho para todos. E a nação cubana perdeu um grande patriota’ “.
O arcebispo de Miami também afirmou que a vida de Dom Román foi testemunha viva da importância de Deus. “Bispo Román nunca se cansou de colocar diante de nós as palavras de Maria, ditas aos empregados nas Bodas de Caná. ‘Fazei o que ele (Jesus) lhe diz para fazer’. E o bispo sempre insistia que ser devoto de Maria significava imitá-la – na sua confiança e na sua fé obediente”, afirmou o prelado.
Bispos cubanos expressam pesar
Emocionados com a morte do bispo emérito de Miami e como uma forma de homenagear o prelado que saiu cedo de sua pátria, os bispos e Cuba difundiram um comunicado na última quinta-feira, 12, em que expressam seu pesar.
Na missiva, os prelados destacaram que o prelado foi “conhecido e querido por todos que conviveram com ele, e amou profundamente Cuba e a Igreja”.
Os bispos afirmaram também que o amor que ele dedicou à Virgem da Caridade “lhe acompanhou e inspirou durante toda a vida e se viu plasmado na construção da Ermita da Caridade a que serviu como reitor durante muitos anos”.
Com informações da ACI e da Arquidiocese de Miami.
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