Gaudium news > Presidente da Conferência de Bispos da Escócia defende uso de símbolos cristãos

Presidente da Conferência de Bispos da Escócia defende uso de símbolos cristãos

16181966.jpg
Cardeal Keith O’Brien

Edimburgo (Terça-feira, 10-04-2012, Gaudium Press) “Mostrar a Cruz de Cristo não deveria ser um problema para outros, mas bem deveriam ver neste símbolo nosso desejo de amar e servir a todas as pessoas em imitação ao amor e serviço de Jesus Cristo”, assegurou o presidente da Conferência de Bispos da Escócia e arcebispo de St Andrews e Edimburgo, Cardeal Keith O’Brien, em sua homilia de Páscoa proferida no último domingo, 08. O purpurado referiu-se às restrições cada vez mais frequentes ao uso de símbolos religiosos cristãos em empresas e lugares públicos no Reino Unido.

“Por que não deveria cada cristão levar com orgulho um símbolo da Cruz de Cristo em sua vestimenta cada dia de sua vida?”, provocou Dom O’Brien, esclarecendo que tal símbolo não seria mostrado de uma forma ostentosa, nem que incomodasse o trabalho ou a recreação. Seria para o prelado “uma simples indicação do desejo de adaptar a vida aos estandartes de Cristo e a vontade de oferecer uma mão que ajuda aos outros como o fez Jesus”. O arcebispo motivou os católicos a não se envergonharem de sua fé e nem a esconderem. “A cruz nos identifica como discípulos de Cristo e deveríamos usá-la com orgulho”.

A homilia de Cardeal O’Brien foi centrada na exposição do significado e da importância deste sinal na vida de fé dos católicos. “É possivelmente o primeiro sinal que aprendemos sentados sobre os joelhos de nossas mães”, afirmou o arcebispo de Edimburgo. O prelado lembrou também que a cruz está presente em nossos lares e escolas, e que com o sinal da Cruz “começamos e terminamos nosso dia”. Dom O’Brien não pôde deixar de recordar também a presença insubstituível da cruz na Liturgia.

“Os cristãos honramos o sinal da Cruz de Cristo, queremos ser testemunhas do Reino de Cristo, queremos estender a Igreja a todos os rincões do mundo e queremos trabalhar caridosamente em um espírito de fé e amor”, explicou o cardeal.

“Muito frequentemente, os ensinamentos de Jesus Cristo são divididos e ignorados, muito frequentemente quem trata de viver uma vida cristã é objeto de chacota, ridicularizado e marginalizado”, denunciou o cardeal. “Talvez o uso mais regular do do signo da cruz chegará a ser sinal de nosso desejo de viver mais perto do mesmo Cristo que sofreu e morreu por nós, e cujo símbolos estamos orgulhosos de levar”.

Governo britânico vai a Corte se defender
A mensagem do cardeal foi pronunciada no momento em que o governo britânico se prepara para se defender ante a Corte Europeia de Direitos Humanos por várias demandas de empregados que perderam seus trabalhos por se negarem a se livrar do crucifixo durante o horário de trabalho. É a primeira vez que o Estado se vê obrigado a dar uma declaração oficial a respeito.

Segundo a imprensa local, possivelmente, durante a audiência na Corte Europeia, o governo britânico irá respaldar o direito das empresas em proibir o uso visível da cruz por parte dos empregados. Os textos divulgados asseguram que o Reino Unidos argumentará que o uso visível da cruz não é obrigatório para os cristãos e que portanto não poderia ser reclamado como um direito por parte deles.

Com informação de The Tablet e NCR.

Texto original: Miguel Farias

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas