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Recuperem a "alegria de ser cristão", conselho do Papa em sua homilia

León (Segunda-feira, 26-03-2012, Gaudium Press) No Parque do Bicentenário, localizado na cidade de Léon, no México, em uma área de 14 hectares, o Santo Padre presidiu a missa do V Domingo de Quaresma. O local foi edificado como sendo um marco comemorativo dos 200 anos da independência mexicana e procura reforçar a identidade e os valores nacionais. Dezenas de grupos de jovens passaram a noite no Parque para poder garantir lugar na cerimônia.

Cardeais, Bispos, os presidentes das 22 Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe, (Dom Raymundo D. Assis representou a CNBB) e sacerdotes de todo o continente tiveram o privilégio de concelebraram com o Papa. Eram mais de 250, os concelebrantes.

Durante a homilia, o Sumo Pontífice tratou inicialmente do Salmo Responsorial “Criai em mim, ó Deus, um coração puro” (Sal 50, 12). Um Salmo que nos prepara para celebrar, já na próxima semana, o grande mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Um Salmo que nos ajuda também a olhar para o íntimo do coração humano, especialmente em momentos feitos de sofrimento e de esperança como os que atravessam atualmente o povo mexicano e outros povos da América Latina.

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Papa Bento XVI durante celebração no Parque do Bicentenário

“Um coração puro, um coração novo, é aquele que se reconhece impotente por si mesmo e se coloca nas mãos de Deus para continuar a esperar nas suas promessas”, -afirmou o Papa- lembrando que, hoje isto pode recordar a cada um de nós e aos nossos povos, que, quando se trata da vida pessoal e comunitária em sua dimensão mais profunda, as estratégias humanas não bastam para nos salvar.

“E o Evangelho de hoje vai mais longe, fazendo-nos ver como este antigo anseio de vida plena se cumpriu realmente em Cristo” -ensinou o Santo Padre, para, em seguida, acrescentar: “Este é também o modo como Nossa Senhora de Guadalupe mostrou o seu divino Filho a São Juan Diego: não como um lendário herói portentoso, mas como o verdadeiro Deus pelo Qual se vive, o Criador das pessoas, dos vizinhos e parentes, do Céu e da Terra”.

O Papa contou aos atentos participantes da Santa Missa o que há pouco havia acontecido: “Quando vinha para cá, passei pelo monumento a Cristo Rei no cimo do Cubilete. O Beato João Paulo II, meu venerado predecessor, embora o desejasse ardentemente, não pôde visitar este lugar emblemático da fé do povo mexicano nas viagens que fez a esta amada terra. Naquele monumento está representado Cristo Rei. Pedimos a Jesus Cristo que reine nos nossos corações, tornando-os puros, dóceis, cheios de esperança e corajosos na sua humildade”.

Bento XVI ainda abordou na homilia o motivo de sua viagem: “Na Conferência de Aparecida, os Bispos da América Latina e do Caribe reconheceram com clarividência a necessidade de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho, radicada na história destas terras, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários”.
“A Missão Continental, que agora se está realizando de diocese em diocese neste Continente, tem como objetivo fazer chegar esta convicção a todos os cristãos e às comunidades eclesiais, para que resistam à tentação de uma fé superficial e rotineira, por vezes fragmentária e incoerente.

E o Pontífice continuou com um conselho: aqui se deve superar o cansaço da fé e recuperar ‘a alegria de ser cristão’, de ser sustentado pela felicidade interior de conhecer Cristo e pertencer à sua Igreja”.

“E é desta alegria – concluiu – que nascem também as energias para servir Cristo nas situações opressivas de sofrimento humano, para se colocar à sua disposição em vez de acomodar-se no próprio bem-estar”. Neste sentido, o Pontífice disse que “o Ano da Fé é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”.

Para encerrar sua homilia, o Pontífice pediu que a Virgem Maria nos ajude a purificar nossos corações, tanto mais que já se aproxima a celebração da festa da Páscoa, e que continue a acompanhar e proteger os seus diletos filhos mexicanos e latino-americanos ajudando-os a promover com coragem a paz, a concórdia, a justiça e a solidariedade. (JSG)

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