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Sociedade ordena 14 novos sacerdotes

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Caieiras-SP (Terça-feira, 20-03-2012, Gaudium Press) A manhã estava brilhante. Havia um sol de fim de verão que fazia ressaltar o verde da Serra da Cantareira, numa região bem próximo a São Paulo.

Mais exatamente, estávamos na Igreja de Nossa Senhora do Rosário: a Igreja Mãe dos Arautos.

Foi nela que se deu, mais uma vez, a solene ordenação sacerdotal de 14 novos presbíteros da Sociedade Clerical de Vida Apostólica de Direito Pontifício Virgo Flos Carmeli, da família religiosa que compõe os Arautos do Evangelho.

Os novos sacerdote são de países diferentes: 10 eram do Brasil, 2 vieram da Espanha, 1 era argentino e 1 colombiano.

Cenário

O cenário para a cerimonia não poderia ser melhor. Uma igreja ainda nova, toda em estilo gótico policromado,
ornada de belos afrescos –réplicas de Fra Angélico– e com um teto de céus azuis populados por estrelas.

Um enorme Cristo crucificado que pende sobre o presbitério e o glorioso patriarca São José (era a festa litúrgica dele) ocupando o lugar reservado para a Santíssima Virgem no altar central. E a Imagem da Puríssima Esposa do Patriarca estava sobre uma coluna lateral junto com flores, muitas flores.

Com muita vida, completava o cenário as centenas de Arautos portando seus hábitos: com a cor marrom, séria e sacral, usada pelos clérigos; outros trazendo a vivaz túnica cor creme e escapulário carmelita -eram os representantes da Ordem Primeira dos Arautos- e ali estavam também as participantes da Ordem Segunda, jovens religiosas com suas indumentárias próprias. Tudo de acordo com o que as circunstancias pediam. Tudo, de fato, bonito.

Cerimonia

A cerimonia começou as 10 horas e logo no seu início houve uma surpresa, e vinha da Santa Sé: Bento XVI, por intermédio do Secretário para assuntos Gerais da Secretaria de Estado vaticana -Mons. Giovanni Angelo Becciu-, enviou uma saudação a toda a Assembleia congratulando-se com os novos ministros de Deus e sinalizando com sua autoridade Apostólica a via que devem percorrer em seu caminho sacerdotal.

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Assim o Papa fazia-se presente em toda a cerimonia que começava a desenrolar-se.

As leituras da missa, como deveria ser, foram todas relacionadas com o Patriarca São José e com o insigne dom que é para o mundo sacerdócio: a primeira, Deus através de Samuel pede ao Rei a construção de seu Templo, de sua Igreja. No Salmo, o Senhor manifesta sua misericórdia no ministério da linhagem de David. Na segunda leitura o Apóstolo Paulo ressalta que as glórias dos patriarcas bíblicos proveem da justiça que vem da Fé no Evangelho. E no Evangelho foi narrado o texto de São Mateus que fala de São José, o varão justo, de sua perplexidade quando viu sua pura esposa esperando uma criança, e a tranquilizante revelação do Altíssimo, de que o fruto das puras entranhas da Virgem era a concepção da ação do Santo Espírito.

Após os ritos iniciais, aconteceu a apresentação dos candidatos ao Senhor Bispo ordenante. Ao serem chamados, catorze Diáconos responderam “presente”. Então, Monsenhor João Clá Dias, deu solene fé, ao Bispo e a toda comunidade, da dignidade e probidade de cada um dos candidatos para a outorga do segundo grau da Ordem Sacerdotal, e, ato contínuo, os escolhidos formularam publicamente seus propósitos de ser fiéis ao cumprimento do ministério sacerdotal, em colaboração com os bispos, no ministério da Palavra e a proclamação do Evangelho, no ensino da Fé católica, na celebração dos mistérios de Cristo e na busca da santificação do povo de Deus, e na obediência ao Bispo diocesano e a seu legítimo superior.

Homilia de Dom Benedito Beni dos Santos

O sermão de Dom Benedito Beni dos Santos, Bispo de Lorena e Supervisor Geral da Formação dos Arautos do Evangelho, teve como eixo as glorias de São José e os deveres do sacerdote e sua obrigação de caminhar para a santidade.

“Estamos celebrando os dois títulos que a liturgia confere a São José: esposo de la Virgem Maria e Patrono da Igreja Universal. O primeiro título recorda que São José (…) esteve unido de modo único e original a Jesus Cristo e sua obra (…). O segundo rememora que São José foi o chefe da primeira comunidade cristã. A Igreja (…) é a comunidade reunida em torno de Cristo. Agora, a primeira comunidade que esteve reunida em torno de Cristo foi a família de Nazaré, da qual São José era o chefe”, afirmou o Bispo de Lorena.

Aos novos presbíteros, o prelado ordenante invocou o cumprimento exímio e santo do ministério sacerdotal, particularmente na eucaristia e confissão, a santidade de vida que lhes é mais exigida por sua elevada nova condição, e a necessidade de ser verdadeiros pais, pois o povo de Deus necessita da paternalidade, a exemplo dos patriarcas e a exemplo de Deus Padre, que é Pai e Pastor.

Ordenação

À homilia sucedeu-se o cântico da Ladainha de Todos os Santos -enquanto os candidatos ficavam prosternados por terra em sinal de humildade-, a imposição das mãos por parte do Bispo -que constitui a matéria do sacramento da Ordenação Sacerdotal- e a recitação da oração da Ordenação, que configura a forma do sacramento: “Nós pedimos, Pai Todo Poderoso, constitui estes vossos servos na dignidade de presbíteros”, pediu com alegria e decisão Dom Beni.

Já como sacerdotes, os novos presbíteros se revestiram da estola e da casula, paramentos que caracterizam seu novo ministério. Foram-lhes ungidas as mãos com o azeite bento do Crisma, e aquelas mãos que consagrarão dia a dia o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo foram envolvidas com um tecido de puro linho branco que seriam desatados mais tarde por familiares dos ordenados. E muitas foram as mães que cumprira, esse gesto. A emoção de mães e filhos era grande e as lágrimas inevitáveis.

A cerimonia termina

A liturgia continuou. Agora, dela participavam os novos presbíteros. Após a comunhão, o agora Padre Padre Célio Casale, em nome dos 14 ordenados, agradeceu Dom Beni por sua paternalidade para com eles e, muito especialmente, também a Monsenhor João Clá por seu chamado ao sacerdócio, porém, sobretudo por seu exemplo de vida de exímio sacerdote, de homem que só vive para a Igreja e para a gloria de Cristo.

Após a bênção final, houve uma un unanimidade na opinião dos presentes: sentiram renovados, com a Fé restaurada, alegres. Aquela cerimonia que refletia tantos aspectos pouco vistos da Igreja, deixou a todos dispostos para a luta diária, confiantes no auxílio de Deus, que vem através de sua Igreja, pela boca, mãos e exemplo de seus ministros.

Gaudium Press / S.C.

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