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Papa fala de «ameaças» à religião nos EUA

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Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 09-03-2012, Gaudium Press) Justamente quando os Bispos católicos e a administração do presidente Obama se debatem sobre a questão da liberdade religiosa, o Papa Bento XVI reafirmou hoje as suas “preocupações” com a situação desta questão nos Estados Unidos (EUA).

O Papa recebeu no Vaticano um grupo de representantes da Conferência Episcopal dos EUA e diante deles, ao dirigir-lhes a palavra, reconheceu “ameaças à liberdade de consciência, religião e culto”. E, como aconteceu em ocasiões anteriores, destacou que estas questões “precisam de ser enfrentadas urgentemente”.

“Todos os homens e mulheres de fé e as instituições que eles inspiram”, devem poder agir “de acordo com as suas convicções morais mais profundas”, sublinhou o Pontífice.

Já no início deste mês de fevereiro, o presidente da Conferencia Episcopal dos Estados Unidos, Cardeal Timothy M. Dolan, de Nova Iorque, havia manifestado sua “desilusão” pela forma como a Casa Branca tem gerido seu relacionamento a Igreja Católica na América do Norte, a propósito da reforma do sistema de saúde americano.

O Governo de Barack Obama quer obrigar todas as entidades patronais, incluindo as instituições religiosas, a oferecerem serviços contraceptivos e abortivos no seguro de saúde das suas funcionárias: uma situação que mereceu a oposição da Igreja Católica.

Apreço e estímulo

Bento XVI disse palavras de apreço pelo compromisso dos bispos dos EUA nas suas dioceses junto dos que “estão em situações matrimoniais difíceis, em particular os divorciados e separados, progenitores solteiros, mães muito jovens e mulheres que tomam em consideração o aborto”.

“É evidente, de fato, que uma apreciação enfraquecida da indissolubilidade do matrimónio e a ideia generalizada da rejeição de uma ética sexual responsável, madura, baseada na prática da castidade, levaram a graves problemas sociais que implicam um imenso custo humano e económico”, afirmou o Santo Padre.

O Papa criticou ainda as tentativas de “alterar a definição legal de matrimónio”, sublinhando, a este respeito, que “as diferenças sexuais” não podem ser consideradas “irrelevantes”.

“Desenvolver uma pastoral clara e normas litúrgicas para uma digna celebração do matrimonio” bem como promover “um testemunho não ambíguo das exigências objetivas da moral cristã” é uma competência da Igreja Católica nos Estados Unidos, salientou o Santo Padre.

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