“Nenhuma forma religiosa foi tão perseguida quanto o cristianismo”, afirma o arcebispo de Sevilha
Sevilha (Sexta-feira, 24-02-2012, Gaudium Press) Em intervenção feita recentemente durante inauguração da 5ª Jornadas Católicas e Vida pública, em Sevilha, na Espanha, o arcebispo local, Dom Juan José Asenjo, comentou a respeito dos milhões de cristãos que padecem em todo o mundo em razão da intolerância religiosa.
Dom Juan José Asenjo Arcebispo Metropolitano de Sevilha |
Segundo o prelado, a cada cinco minutos se assassina um cristão no mundo por causa de sua fé e a cada ano, 105 mil são condenados ao martírio. Trata-se de “um verdadeiro holocausto de que ninguém fala”, declarou. Dom Juan José Asenjo destacou que a situação dos cristãos tem piorado na mundo inteiro, mas especialmente nas regiões onde o fundamentalismo islâmico tem ganho força.
A respeito da Europa e, particularmente, da Espanha, Dom Asenjo declarou que não há situações de intolerância religiosa como aquelas vistas em outros países. Contudo, segundo ele, há limitações desta ordem bem mais obscuras. Como exemplo, o bispo citou o caso da retirada de símbolos religiosos em escolas, hospitais, e lugares públicos.
Tal fato é “uma contradição em uma sociedade que quer ser mais aberta, plural e tolerante, mas a tolerância não se constrói sobre a prévia aniquilação dos símbolos da fé, mas sobre sua respeitosa aceitação como expressão das crenças e da fé religiosa que deu vida e sentido à historia de nossas comunidades e nosso povo”.
Como exemplo da intolerância religiosa na Espanha, Dom Asenjo também se referiu à “violação da liberdade religiosa” suposta pela assinatura Educação para a Cidadania, ou a recente decisão do Governo basco de proibir a emissão de uns spots publicitário na televisão autônoma, nos quais se anima os pais a inscrever para seus filhos em aulas de religião.
Para o arcebispo de Sevilha estas iniciativas têm raízes históricas que se condensam em “um ódio ao cristianismo e a Igreja, mais além do que pretextos possíveis e mais ou menos inverossímeis que os historiadores acrescentaram para justificar estas condutas”.
Por fim, fazendo sua defesa final, Dom Asenjo afirmou que fora o cristianismo nenhuma outra forma religiosa foi tão perseguida “com a sanha e o rancor com que tem sido perseguido o cristianismo ao longo de 20 séculos em todas as latitudes geográfica”.
As 5º Jornadas Católicas e Vida pública foram realizadas entre 17 e 19 de fevereiro sob o lema geral “Liberdade religiosa e vida pública”.
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