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Organizações pró-vida protestam contra imposição da fecundação in vitro na Costa Rica

San José (Quarta-feira, 15-02-2012, Gaudium Press) Ao todo, 66 organizações pró-vida da América Latina manifestaram às autoridades da Costa Rica seu pedido para que não seja permitida a imposição da fecundação in vitro no país por parte da Corte Interamericana dos Direitos Humanos (Corte IDH). Segundo estas organizações, tal atitude deixaria aberta a porta para a despenalização do aborto em solo costarriquenho.

O pedido das organizações foi uma resposta à denúncia feita pela Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (Comissão IDH) contra a Costa Rica de que o país teria violado os direitos reprodutivos de 10 casais costarriquenhos com problemas de fertilidade, por proibir, desde 2000, técnicas de reprodução no país.

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Permissão da Fertilização in Vitro na Costa Rica poderia deixar aberta a porta para a despenalização do aborto, segundo as organizações

Entre as organizações pró-vida que se pronunciaram na defesa do direito à vida e o respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana estão a Rede pela Vida e pela Família (Chile), Fundação Família e Futuro (Equador), Centro de Bioética, Pessoa e Família (Argentina), Fundação Vive (Colômbia), Coordenadora Nacional Unidos pela Vida e pela Família, Associação Vida e Família, Médicos pela Vida, Aliança Latino-americana para a Família (Peru), Sociedade de Bioética de Honduras, e o Instituto Panamenho de Educação Familiar.

Boletim do Population Research Institute (PRI)
Em boletim emitido no final da última semana, o Population Research Institute (PRI) – instituto de pesquisa que tem como um de seus objetivos expor abusos aos direitos humanos cometido em programa de controle de população – declarou que a demanda, a ser tratada e julgada pela Corte IDH, não deveria ser levada a frente, já que nenhuma sentença ou tratado de direitos humanos reconhece a reprodução assistida como um direito humano.

O PRI sugeriu também que o governo da Costa Rica argumentasse que a Corte não tem competência para decidir sobre assunto. No entanto, conforme o Instituto de Pesquisa, não é isso que acontece, pois além de não questionar publicamente a competência da corte, o governo da Costa Rica e os políticos locais ainda manifestam publicamente “o descaso, e escondem toda informação ou colocam obstáculos a qualquer um que possa intervir a favor do direito a proteção legal de toda a vida humana desde a concepção”.

O Instituto destaca ainda que os membros da Corte IDH tem uma opção ideológica para interpretar os direitos humanos e que ela se baseia “no ponto de vista do gênero e dos chamados direitos sexuais e reprodutivos”. E afirma que se a Costa Rica permitir que a Corte declare a Fecundação in Vitro como direito humano ” acontecerá um precedente jurídico vinculante para todos os países membros da Convenção Americana de Direitos Humanos, debilitando assim a defesa da vida desde a concepção”.

 

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