Dom Orani comenta sobre o Dia Mundial dos Doentes em seu mais recente artigo
Rio de Janeiro (Sexta-feira, 10-02-2012, Gaudium Press) Por ocasião do 20º Dia Mundial do Doente, que será celebrado amanhã, 11 de fevereiro, também Dia de Nossa Senhora de Lourdes, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, publicou nesta sexta-feira, 10, um artigo a respeito do tema. Segundo o prelado, para os brasileiros, este dia se reveste de maior solenidade ainda, “pois estamos a poucos dias da abertura da Campanha da Fraternidade, que justamente nos demonstrará um dos aspectos da importante Pastoral da Saúde, que é a questão da saúde pública”.
“Seguindo os caminhos de Cristo, a Igreja mostra-se solidária e unida a todos os doentes”, diz Dom Orani |
Destacando a relação a Campanha da Fraternidade deste ano e o Dia Mundial do Doente, o arcebispo afirma que além das visitas aos enfermos nas paróquias e nos hospitais, e das campanhas de esclarecimentos e de conscientização da responsabilidade pela saúde das pessoas, “a preocupação com uma assistência sanitária digna do ser humano para todos os brasileiros clama nos corações de todos”. Por esta razão, segundo Dom Orani, amanhã, os fiéis devem unir-se na reflexão “para que as pessoas experimentem a diferença que faz a fé em suas vidas quando se defrontam com a fragilidade da doença e da dor”.
Conforme Dom Orani, o 20º Dia Mundial do Doente, cujo tema é “Levanta-te e vai, a tua fé te salvou”, tem relação com o Ano Da Fé, convocado pela Santo Padre e que se iniciará em outubro. O Ano da Fé será “ocasião propícia e preciosa para redescobrir a força e a beleza da fé”, destacou o prelado, acrescentando que em sua mensagem para o Dia Mundial, o pontífice afirma “deseja encorajar os doentes e quantos sofrem a encontrar sempre uma âncora segura na fé, alimentada pela escuta da Palavra de Deus, da oração pessoal e dos Sacramentos”.
O arcebispo do Rio de Janeiro afirma também em seu artigo que doença não diz relação apenas ao estado físico, mas também ao âmbito psicológico e mesmo espiritual. “É assim um mistério que envolve o ser humano”, diz. Neste sentido, de acordo com o prelado, a Igreja louva os progressos da medicina, e mesmo os apoia, visto que são no seu cerne uma manifestação do poder criador de Deus. “Porém, sempre fazendo a ressalva de que acima de qualquer avanço tecnológico está a dignidade do ser humano”, declara.
A fim de reforçar sua argumentação, Dom Orani recorda que Jesus, ao curar, não faz apenas para eliminar a doença. “Ele curar para libertar, salvar a pessoa. Libertar principalmente daquilo que impede de realizar-se como pessoa, como filha de Deus”, diz. Dessa forma, segundo o arcebispo, Jesus não se manifesta apenas como Salvador, mas com este ato de cura expressa Sua ressurreição, “que é a primícia da nossa própria ressurreição”. Portanto, para o prelado, seguindo os caminhos de Cristo, a Igreja mostra-se “solidária e unida a todos os doentes”.
Em seu texto, Dom Orani fala também sobre a ” enorme contribuição que a Igreja dá em todos os cantos do mundo ao cuidado com relação aos enfermos” e agradece a todos que trabalham na esfera da saúde, “assim como às famílias que nos seus próprios entres queridos veem a face sofredora do Senhor Jesus”.
Concluindo o artigo, o prelado, dirigindo-se aos diocesanos, afirma que a Igreja quer e deseja promover e testemunhar “o Evangelho de Jesus não só em palavras, mas com iniciativas concretas de assistência e cuidados para as multidões incontáveis de sofredores com os males da dor d das doenças”.
E, por fim, pede que “Nossa Senhora de Lourdes, Maria, Mãe de Misericórdia e Saúde dos Enfermos, interceda por todos os doentes, os profissionais da saúde, os enfermeiros e os dirigentes hospitalares a colocarem a pessoa humana e a sua dignidade de filhos de Deus acima de qualquer outra cultura, ‘para que a saúde se difunda sobre a Terra’ (cf. Eclo 38.8)”.
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