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Funcionário do governo americano impede que se leia carta do arcebispo castrense em missas

Washington (Terça-feira, 07-02-2012, Gaudium Press) Assim como fizeram muitas dioceses católicas dos Estados Unidos, o ordinariato castrense do país ordenou a seus capelães que lessem no domingo passado, nos serviços religiosos, um comunicado do ordinário castrense, Dom Timothy Broglio. O texto era de oposição ao mandato do Departamento de Saúde e Serviços Humanos do Governo dos Estados Unidos que obriga instituições católicas a pagar por serviços de contracepção e esterilização em seus planos de saúde.

Entretanto o Escritório do Chefe de Capelães do Exército (que cobre todo tipo de serviços religiosos, não apenas os católicos) o impediu, enviando um e-mail aos capelães chefes dizendo-lhes que a carta do arcebispo “não está coordenada com o escritório”. No e-mail, também era solicitado que não se lesse a carta do púlpito. O Escritório do Chefe de Capelães só permitiu que se mencionasse esta carta nos anúncios e que se a entrega-se impressa ao sair da missa.

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Mensagem de Dom Broglio foi vetada e depois liberada, mas com modificações

O comunicado de Dom Broglio incluía um texto de chamamento conjunto da Conferência Episcopal americana sobre o tema. Ele dizia que a Igreja “não podia cumprir esta lei injusta e não o faremos”. Esta posição, conforme algumas fontes oficiais poderia ser interpretada como um chamado à desobediência civil.

Após o protesto de Dom Broglio, o arcebispo castrense e o secretário do Exército, John McHugh, chegaram a um acordo. McHugh reconheceu que foi um erro impedir a leitura da carta do arcebispo. O prelado por sua vez retirou a frase “não podemos cumprir esta lei injusta e não o faremos”, como sugeriu o secretário.

Apesar do reconhecimento do erro de McHugh, há comentaristas que pensam que ao final houve um novo atentado à liberdade religiosa. Como escreveu a colunista Kathryn Jean López no National Reviewer Online. “Ou seja, que não só dizem aos capelães que não leiam a carta, mas que um oficial da administração Obama edita uma carta pastoral! O povo não cruzou um charco do tamanho de um oceano para librar-se coisas assim?”, disse ela.

 

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