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“O tempo depende do sentido que damos a ele”, afirma o arcebispo de Londrina.

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Dom Orlando Brandes ressaltou:
“dependemos do relógio da Providência”

Londrina (Sexta-Feira, 20/01/2012, Gaudium Press) O Ano-Novo e a Graça do Tempo. Este é o título do mais recente artigo de dom Orlando Brandes, arcebispo de Londrina, no estado do Paraná. Nele, o prelado afirma que o ano novo é mais um tempo que nos é dado, e que o tempo é dádiva, oportunidade, e chance.

No início do texto há uma citação de Santo Agostinho, que diz: “Vós sois o tempo”. Para o arcebispo, uma coisa é o tempo cronológico, o tempo solar, o tempo do relógio, e outra coisa é aquilo que fazemos com o tempo, a consciência do tempo, a vivência do tempo. “O tempo depende do sentido que damos a ele”.

Dom Orlando lembra que é muito comum as pessoas passarem o tempo refletindo sobre o passado, lamentando o presente e temendo o futuro. Mas a verdade, segundo ele, é que o tempo corre, o tempo passa, sendo que a vida é breve e a morte é certa.

“De um lado precisamos aceitar a realidade do tempo, de outro lado, cabe-nos vivê-la plenamente. Não deixar as coisas para amanhã, não perder tempo à toa, não empregar mal o tempo, não ser escravo do tempo, é uma arte e uma virtude”, afirma.

O arcebispo ainda ressalta que esse nosso tempo moderno é caracterizado pela pressa e pela perda de tempo, onde os homens vivem entre o ócio e o negócio. “Uns correm demais, outros matam tempo, outros ainda, perdem tempo”, diz ele, que destaca que Deus age no nosso tempo, na nossa história e, portanto, “não dependemos dos astros, mas, da Providência Divina, do relógio da Providência”.

Para o prelado, o tempo também é mestre, é escola, e viaja conforme o andar das pessoas. Ele explica que uma hora para quem sofre depressão parece arrastar-se, já para os enamorados passa depressa, assim como o tempo para um jovem e para um idoso é bem diferente, psicologicamente falando.

Ainda conforme o arcebispo, os seguidores de Cristo têm a visão de que o tempo é o lugar e ocasião para as boas obras e, sendo assim, o bem que fazemos abre as portas da eternidade feliz. “É na história humana que se dá a historia da salvação. Façamos o bem enquanto estamos no tempo. É assim que preparamos a eternidade, o dia sem ocaso”, completa.

Por fim, dom Orlando anseia que 2012 seja um tempo de graça e benção para todos. E afirma que duas asas poderão nos ajudar a alçar voo para um ano feliz: a gratuidade e a alteridade, isto é, a atenção aos outros e a disposição de doar-se. Assim, de acordo com ele, viveremos plenamente este tempo que nos é dado.

“Deus é tão bom e sábio que se adapta aos nossos tempos e caminha no nosso ritmo de andar. E ele vem na hora certa, do jeito certo, com a palavra certa. A mão de Deus nos protege e conduz pelas estradas da vida. Além disso, Deus sempre tem tempo para nós. O certo é termos tempo para Ele. Em nossa agenda Deus deve ser o primeiro a ser atendido”, conclui.

 

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