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Bento XVI se reúne com corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 09-01-2012, Gaudium Press) O Papa Bento XVI reuniu-se nesta segunda-feira, 09, em audiência privada, com o corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé. O encontro que foi realizado na Sala Regia do Palácio do Vaticano serviu para que o pontífice desse as felicitações de Ano Novo aos embaixadores. Participaram do encontro com o Santo Padre, os representantes dos 178 estados que mantem relações com o Vaticano, entre eles, o embaixador do Brasil, Almir Franco de Sá Barbuda.

Durante o encontro, o pontífice comentou a respeito dos fatos de particular relevância no cenário internacional. Inicialmente, referiu-se ao estados que empreenderam relações diplomáticas com a Santa Sé em 2011, tais como Azerbaijão, Montenegro e Moçambique. E recordou o Sudão do Sul, que, em julho passado, se tornou o mais novo Estado soberano.

O Papa falou também a respeito das ocasiões que teve em 2011 de encontrar chefes de Estado e de Governo, como viagens internacionais; a beatificação de seu predecessor, João Paulo II; os 60 anos de sua ordenação sacerdotal; e a missa pelo bicentenário dos países da América Latina e do Caribe, em 12 de dezembro, na qual anunciou sua viagem ao México e a Cuba, que será realizada entre 23 e 28 de março.

Posteriormente, o pontífice dissertou sobre o momento atual do mundo, “marcado por um “profundo mal-estar e por diversas crises: econômicas, políticas e sociais”. Em especial, Bento XVI destacou a crise que enfrenta o norte da África e o Oriente Médio; a situação na Síria; o conflito na Terra Santa, em que israelenses e palestinos, segundo ele, devem adotar decisões corajosas, visando a paz; e os atentados no Iraque.

Conforme o Santo Padre, tendo em vista estes horríveis acontecimentos, a comunidade internacional deve estimular a própria criatividade e as iniciativas de promoção da paz, no respeito do direito de todos os povos. No entanto, salientou o pontífice, a verdadeira atenção no sentido de reverter estes fatos de estar voltada aos jovens. E isso, segundo o Papa, só poderá ser feito através da educação, “que constitui a tarefa de primária importância num tempo difícil e delicado”.

“Uma obra educativa eficaz, seja na família, seja nas instituições, engloba o respeito à liberdade religiosa, que é o primeiro dos Direitos Humanos, porque expressa a realidade mais fundamental da pessoa”, afirmou o Santo Padre, recordando que em não poucos países, os cristãos são privados de seus direitos fundamentais e colocados à margem da vida pública.

“Uma obra educativa eficaz”, repetiu, “favorecerá também o respeito à criação”. Neste sentido, o pontífice destacou os desastres naturais que atingiram várias regiões do Sudeste da Ásia e a central nuclear de Fukushima, no Japão. “A proteção do meio ambiente, a sinergia entre a luta contra a pobreza e contra as mudanças climáticas constituem âmbitos relevantes para a promoção do desenvolvimento humano integral. Faço votos de que a comunidade internacional se prepare para a Conferência da ONU sobre o desenvolvimento sustentável (Rio+20) como autêntica ‘família das nações'”, declarou.

Por fim, em seu discurso aos embaixadores, o Papa recordou que o Príncipe da paz nos ensina que a vida não acaba no vazio, que o seu destino não é a corrupção, mas a imortalidade. “Animada pela certeza da fé, a Santa Sé continua a dar a própria contribuição à comunidade internacional. Cristo veio para que os homens tenham vida e a tenham em abundância”, concluiu. (BD)

 

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