Grupo radical islâmico dá ultimato para que cristãos saiam do Norte da Nigéria
Abuja (Quinta-feira, 05-01-2012, Gaudium Press) Um porta-voz da seita islâmica radical Boko Haram (nome que significa “a educação ocidental é um pecado”, no idioma hausa) anunciou na última terça-feira, 03, que o grupo deu um ultimato de três dias, ou seja, até amanhã, para que a população cristã se retire do norte Nigéria, região majoritariamente muçulmana.
Em diálogo com jornalistas este porta-voz ainda conclamou os irmãos muçulmanos do sul (região de maioria cristã) par que venham ao norte, “porque temos provas de que tem sido atacados”, disse, referindo-se ao estado de emergência decretado em 4 das 36 regiões do país, após massacres cometidos pela seita no último mês de dezembro. Estes incluíram o assassinato de católicos que participavam da missa de Natal nas proximidades da capital nigeriana, Abuja. Os atentados resultaram em um total de 49 mortos e mais de 60 feridos.
O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, comentou também recentemente a ação da seita Boko Haram. “O que começou como uma crise sectária no noroeste do país evoluiu gradativamente e se converteu em atividades terroristas em diferentes partes da nação”, disse o mandatário.
O presidente visitou no último dia 31 de dezembro a igreja católica de Santa Teresa, em Madalla, próximo a Abuja, onde teve a maior quantidade de vítimas do atentado da noite de 24 de dezembro, e assegurou que “esmagaria” o Boko Haram. As medidas de defesa de Jonathan começaram o fechamento das fronteiras com países vizinhos (Níger, Camarões e Chade) com o objetivo de prevenir atividades terroristas fronteiriças.
Neste sentido, alguns bispos católicos do país sugeriram que o presidente recorra a especialistas de segurança a fim de receber ajuda na luta contra o grupo terrorista muçulmano.
Conforme a Agência Fides, a situação na Nigéria está chegando a limites muito perigosos, que tem levado diversos analistas a sugerirem a ideia de uma próxima guerra civil. Por sua parte, porta-vozes das comunidades cristãs do país têm ameaçado a recorrer da autodefesa se persistirem os ataques.
Com informações da Agência Fides.
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