Lei anti-conversão volta a ser discutida no Sri Lanka
Colombo (Terça-feira, 20-12-2011, Gaudium Press) A chamada “lei anti-conversão” que proíbe uma pessoa de mudar de fé, está sendo discutida no Sri Lanka. Após ficar um longo período fora das discussões, o tema voltou com força graças a uma mobilização do “Jathika Hela Urumaya”, movimento ultra-nacionalista composto basicamente por budistas.
Pela “lei anti-conversão”, a mudança de religião somente seria aceita em casos específicos e com a autorização de um magistrado e foi, por um longo período, instrumento de ascensão política dos membros do JHU que, em sete anos, elegeu nove monges no Parlamento.
Fontes ligadas a Agência Fides informam que o partido renovou sua campanha e num ataque direto as demais denominações religiosas, afirmou que elas “são uma contaminação para o país”, e exortou o governo a restabelecer a proibição na conversão.
O pedido causa preocupação nos cristãos de Sri Lanka que apóiam a liberdade de consciência e de religião de cada indivíduo, que o Estado não pode condicionar. Ainda segundo a Agência Fides, outra preocupação é o fato de que o Minstério de Assuntos Religiosos do Sri Lanka, ordenou o fechamento de “igrejas não-autorizadas” e continua recusando o registro oficial, além de negar a licença de construção (incluindo para edifícios civis, não utilizados ao culto) se o requerente for uma pessoa ou uma organização cristã.
Em setembro o Ministério emitiu uma carta onde específica que “a construção ou a manutenção de lugares de culto deve ter aprovação prévia do Ministério”. A agência afirma que o direcionamento deste documento está voltado as igrejas cristãs evangélicas que enfrentam a maior pressão na sociedade, tanto do Estado, com o fechamento de locais utilizados como igrejas, mas também pelos movimentos nacionalistas budistas. (L)
Com informações da Agência Fides
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