"’Familiaris Consortio’ foi um marco no pontificado de JPII", afirma Dom Claudio Hummes
Cidade do Vaticano (Quinta feira, 01-12-2011, Gaudium Press) Os trabalhos da Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para a Família encerram-se nesta quinta-feira, 1º de novembro, com uma audiência especial com o Papa Bento XVI. Na ocasião em que se comemoram os 30 anos de criação do Conselho e da Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, os debates tiveram como tema o papel que o Conselho e o documento originários de João Paulo II desempenham na atual situação familiar.
O Prefeito emérito da Congregação para o Clero, arcebispo emérito de São Paulo, e membro do Pontifício Conselho para a Família, cardeal brasileiro Dom Claudio Hummes, foi um dos participantes do encontro e concedeu a Rádio Vaticana uma entrevista na qual falou sobre o evento e também sobre a Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”.
“Foi um dos grandes documentos de João Paulo II. Ele, que era um Papa muito convencido da fundamental importância da família para a Igreja e para a sociedade também. Foi algo que a Igreja tinha que sempre sublinhar: que a família é uma instituição natural, fundamental para a sociedade, mas também para a Igreja”, afirmou inicialmente o Cardeal Hummes.
Comunidade de amor e evangelização
“A Igreja”, continuou o Cardeal, “vê na família o primeiro núcleo de evangelização; as crianças nascem, são evangelizadas pela família, crescem no exemplo, na palavra dos pais, pelo modo como convivem dentro deste núcleo. A família deve ser sempre o núcleo, o Santuário da Vida, como dizia o Papa: uma comunidade de amor. É o ambiente ideal para uma criança crescer e desenvolver em si, assimilar, sobretudo, os grandes valores, seja humanos como cristãos”.
Primeira infância, família e formação
O cardeal lembrou também que “é interessante que hoje em dia, a psicologia e a pedagogia dizem que as crianças nos primeiros seis anos, assimilam mais fortemente sejam as coisas boas como más, que depois marcarão toda a sua vida. Se ela agir contra os princípios que recebeu, sempre, por dentro, haverá uma voz que a chamará de volta para o bem”.
Marco de um pontificado
“Este documento foi um documento muito feliz porque realmente foi acolhido em todo o mundo, transformou a pastoral familiar em todo o mundo da Igreja, deu orientações muito claras e fundamentais sobre o que é o sacramento do matrimônio, o que o Papa chama Evangelho do Matrimônio, Evangelho da Família. Tudo isso fez com que este documento fosse um marco do pontificado de João Paulo II”, conclui o cardeal brasileiro. (JSG)
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