Pastoral Carcerária do RS pede doações para presídio feminino de Porto Alegre
Porto Alegre (Terça-feira, 29-11-2011, Gaudium Press) A Pastoral Carcerária do Regional Sul 3, que abrange o estado do Rio Grande do Sul, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está promovendo uma campanha para melhor assistir mulheres apenadas no presídio feminino Madre Pelletier, em Porto Alegre. A pastoral pede material de limpeza (sabão em pó, sabão em barra, detergente, panos de limpeza, prendedor de roupa) e material de higiene pessoal (sabonete, xampu, absorventes, talco, toalha de rosto).
De acordo com a coordenadora arquidiocesana da Pastoral Carcerária, Iracy Lurdes Ficagna dos Santos, a iniciativa tem como objetivo principal oferecer um espaço limpo e higienizado as mulheres que são mães, bem como aos seus bebês, dentro do presídio. “Fizemos as campanhas de acordo com as solicitações feitas pelas agentes carcerárias, que em contato com as presas diariamente sabem de suas necessidades. Em geral quem faz a seleção das presas para verificar as que têm mais necessidades são as técnicas e a entrega é feita pelo setor de Valorização Humana, dentro do presídio”, destacou.
Os resultados das campanhas, segundo a coordenadora, têm sido muito positivos no decorrer dos anos. Ela explica que em épocas festivas, como o Natal e a Páscoa, a pastoral envia solicitações por escrito para empresas doarem materiais, tais como: absorventes, roupas, calçados, sabão em pedra, sabão em pó, escova e pasta de dentes, sabonete, e material para crianças: fraldas, enxoval de nenê (elas chegam no presídio grávidas e sem enxoval) e outros.
“As pessoas nos telefonam, dando-nos o local para o recolhimento dos donativos e se faz a busca, ou com a Kombi da Pastoral ou o Presídio envia uma condução da Susepe (Superintendência de Serviços Penitenciários) para recolher. Quando há alguma demora no recolhimento então os agentes da Pastoral o fazem com suas conduções próprias”, completa a coordenadora.
“O fato de a Pastoral Carcerária prover as necessidades materiais das presas as tornam muito mais acolhedoras com a instituição e com os seus membros”, afirma Iracy. Para ela, as detentas se tornam mais maleáveis a aceitar a evangelização que se realiza através de encontros de espiritualidade, da liturgia eucarística, com distribuição de orações, sorteio de bíblias e filmes religiosos. “Elas sentem que as agentes trabalham por amor, e é por isso que nos 70 anos de existência da Pastoral no Brasil nunca houve atos agressivos de algum preso ou presa com as agentes”.
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