Conselho das Conferências Episcopais Europeias realiza seminário sobre a Nova Evangelização
Roma (Terça-feira, 22-11-2011, Gaudium Press) Em celebração pelos 40 anos do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE) foi realizado nesta terça-feira, 22, em Roma, o seminário “A Europa e a Nova Evangelização”. O discurso de abertura do evento comemorativo foi realizado pelo secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, que falou sobre a crise econômica na Europa e sobre os desafios da evangelização em um mundo “muitas vezes hostil”.
“Hoje em particular, a crise econômica põe em evidência a insustentabilidade de um mercado totalmente auto-referencial e, enquanto traz à tona novas questões acerca da responsabilidade e da ética dos processos financeiros, reapresenta com premente atualidade uma pergunta fundamental de sentido sobre o destino, a dignidade e a vocação espiritual da pessoa humana”, observou o purpurado inicialmente.
Na palestra de saudação, o cardeal também comentou a respeito das dificuldades enfrentadas pelos missionários da Igreja. “A nova evangelização acontece em um mundo que se transforma e que fala de Deus em um contexto com frequência indiferente e muitas vezes hostil. Isto acontece principalmente na Europa de hoje onde é cada vez mais difícil distinguir entre verdade, erros e mentiras”, declarou.
“Ao lado de uma sã laicidade”, continuou o secretário de Estado, “está presente um laicismo intolerante. O princípio da não discriminação com frequência é usado como arma no conflito dos direitos para construir uma ditadura do relativismo que tende a excluir Deus, a dimensão comunitária e pública da fé ou a presença de símbolos religiosos, e que se coloca em conflito aberto com os valores cristãos tradicionais: contra o matrimônio entre um homem e uma mulher, contra a defesa da vida da concepção à morte natural”.
Conforme o Cardeal Bertone, a “evolução crítica” da década de 1970 na Europa levou à erosão cultural e social dos valores tradicionais. Neste sentido, concluiu o purpurado, a Igreja Católica quer com a nova evangelização não somente “salvaguardar-se, mas também oferecer uma nova primavera, um meio para valorizar as novas sementes que brotam em um bosque antigo”.
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