Em cerimônia de despedida, Bento XVI encoraja africanos a viverem como irmãos
Cotonou (Segunda-feira, 21-11-2011, Gaudium Press) O Papa Bento XVI despediu-se no último domingo, 20, do Benin, participando de uma cerimônia no Aeroporto Internacional “Cardeal Bernadin Gantin”, em Cotonou. “ACe MAWU T]N NI K]N DO BENIN TO ] BI JI” (Deus abençoe o Benin, em língua fon), disse o Santo Padre, inicialmente, agradecendo “por estes dias passados convosco, em júbilo e cordialidade” e pelo “calor e entusiasmo” da recepção.
Após estas primeiras falas do Papa, foram executados os hinos nacional e pontifício, houve o desfile da Guarda de honra, e foram proferidos os discursos do presidente Thomas Yayi Boni, e do Santo Padre.
O pontífice explicou então o motitvo de sua segunda visita à África. “Desejei visitar uma vez mais o continente africano, pelo qual sinto uma estima e um afeto particular, porque estou intimamente convencido de que é uma terra de esperança”, explicou, encorajando os africanos a “viver juntos como irmãos, apesar das legítimas diferenças”.
Falando sobre a exortação “Africae munus”, assinada e entregue nesta visita ao Benin, o pontífice comentou alguns pontos relevantes do documento. Como a preveção da Aids. “A mudança de comportamento – nomeadamente a abstinência sexual, a rejeição da promiscuidade sexual, a fidelidade conjugal – requer uma abordagem e uma resposta global da Igreja. De fato, para ser eficaz, a prevenção da Aids deve apoiar-se numa educação sexual que esteja, por sua vez, fundada numa antropologia ancorada no direito natural e iluminada pela Palavra de Deus e o ensinamento da Igreja”, disse.
Sobre as mulheres, Bento XVI afirmou na exortação está relatado que sua contribuição para a família e a sociedade continuam a não ser plenamente reconhecidas nem avaliadas. “Assim a promoção das jovens e das mulheres muitas vezes é menos favorecida do que a dos jovens e dos homens. São ainda demasiado numerosas as práticas que humilham as mulheres e as degradam em nome de antigas tradições”, afirmou.
O Santo Padre destacou também que um grande valor da cultura africana que deveria ser absorvido na própria realidade é com certeza a posição e o respeito pelas pessoas idosas. “A velhice, apesar da fragilidade que parece caracterizá-la, é um dom que convém viver diariamente na serena disponibilidade para com Deus e o próximo. É também o tempo da sabedoria, porque o tempo vivido ensinou a grandeza e a precariedade da vida. E, enquanto homem de fé, o velho Simeão profere, com entusiasmo e sabedoria, não um adeus angustiado à vida mas uma ação de graças ao Salvador do mundo”, disse.
Em seguida, presseguiu, afirmando que de acordo com a exortação “as pessoas idosas podem contribuir de maneira eficaz para a edificação de uma sociedade mais justa que progride, não em virtude de experiências talvez temerárias, mas gradualmente e com um equilíbrio prudente. As pessoas idosas poderão assim, pela sua sabedoria e experiência, participar na reconciliação das pessoas e das comunidades”.
“Porque é que um país africano não poderia apontar ao resto do mundo a estrada a seguir para se viver uma autêntica fraternidade na justiça, fundada na grandeza da família e do trabalho? Que os africanos possam viver reconciliados na paz e na justiça. Tais são os votos que formulo, com confiança e esperança, antes de deixar o Benim e o continente africano”, disse o pontífice ao fim de seu discurso demonstrando sua atitude positiva em relação à África.
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