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Papa preside oração em preparação ao Encontro de Assis

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 26-08-2011, Gaudium Press) O Papa Bento XVI presidiu nesta quarta-feira, 26, durante a audiência geral, uma oração em preparação à Jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e pela justiça no mundo que acontecerá em Assis, na Itália, nesta quinta-feira, 27 de outubro. Em virtude das más condições do tempo em Roma, a cerimônia, antes prevista para a Praça São Pedro, foi transferida para a Basílica de São Pedro e para a Sala Paulo VI.

A celebração desta manhã compreendeu uma leitura do Livro do Profeta Zacarias 9, 9-10; do Salmo 84 e do Evangelho de São Lucas 10, 1-10. Bento XVI na homilia recordou aos cristãos a própria missão no mundo para a reconstrução da paz, da justiça e a reconciliação deixada como herança pelo Senhor Jesus Cristo. “O Reino de Deus é diferente do humano. Porque Jesus não é um rei que se apresenta com a potência humana, a força das armas; não é um rei que domina com o poder político e militar; é um rei manso, que reina com humildade e mansuetude diante de Deus e dos homens, um rei diverso em relação aos grandes soberanos do mundo”, declarou.

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O pontífice afirmou também que o Reino de Deus “se estende sobre toda a terra”

Conforme o Santo Padre, na pessoa de Jesus Cristo, os cristãos são chamados a uma “liberdade interior que torna capazes de superar a avidez, o egoísmo que há no mundo”. O Papa disse ainda que para os seus discípulos Jesus “é a riqueza e o rei de paz para o mundo todo, a paz que oferece Jesus se realizou na Cruz, unindo a terra e o céu e erguendo uma ponte fraterna entre todos os homens. A Cruz, continuo o Santo Padre, “é o novo arco de paz, sinal e instrumento de reconciliação, de perdão, de compreensão, sinal que o amor é mais forte do que qualquer violência e opressão, mais forte do que a morte: o mal se vence com o bem, com o amor”.

O pontífice afirmou também que o Reino de Deus “se estende sobre toda a terra” nas suas dimensões universais e “o horizonte deste rei pobre, manso, não é o de um território, de um Estado, mas são os confins do mundo, para além de toda e qualquer barreira de raça, de língua, de cultura”. Conforme Bento XVI, Deus cria comunhão, cria unidade na humanidade. “Os sinais da sua presença são um grande mosaico de comunidades em que se torna presente o sacrifício de amor deste rei manso e pacífico, uma multidão de ilhas de paz, que irradiam paz através da eucarística celebração”, declarou.

Ao fim da homilia o Papa convidou os cristãos a “nunca cairem na tentação de se tornarem lobos com os lobos; não é com o poder, com a força, com a violência que se estende o reino de paz, de Cristo, mas sim com o dom de si, com o amor levado até ao extremo, mesmo em relação aos inimigos”. O pontífice destacou novamente que Jesus não vence o mundo com a força das armas, mas com a força da Cruz, que é a verdadeira garantia da vitória.

“E isso tem como consequência para quem quer ser discípulo do Senhor, seu enviado, o estar pronto também para a paixão e para o martírio, a perder a própria vida por Ele, para que no mundo triunfem o bem, o amor, a paz. É esta a condição para poder dizer, entrando em qualquer realidade: ‘Paz para esta casa’ “, concluiu

Oração pela Turquia
Ao iniciar as saudações nas diversas línguas, na conclusão da audiência geral, o Papa Bento XVI dirigiu sua atenção ao povo da Turquia, que foi vítima recentemente de uma tragédia de grande proporções. “Neste momento meu pensamento vai à população da Turquia, duramente atingida pelo terremoto que provocou tantas mortes, deixou muitos desaparecidos e enormes danos”, disse o prelado, convidando todo os fiéis a “unirem-se a mim na oração para aqueles que perderam a vida e a estarem espiritualmente próximos às tantas pessoas que passam por esta difícil provação”.

Depois de três dias do terremoto, o último balanço fala de 459 mortos e 1352 feridos na Turquia, informou a agência de imprensa italiana ” Adnkronos”. O país começa a aceitar as ajudas internacionais. (AA).

 

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