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Bispo de Matagalpa, na Nicarágua, recebe ameaça contra sua integridade

Matagalpa (Segunda-feira, 17-10-2011, Gaudium Press) O bispo de Matagalpa, na Nicarágua, Dom Rolando Álvarez, comunicou aos meios de comunicação de seu país ter recebido, via telefone, ameaças contra sua integridade. Como expressa um comunicado emitido pela Conferência Episcopal Nicaraguense na semana passada, “um de seus familiares recebeu uma chamada ao telefone fixo, que com voz masculina lhe disse ‘essa padre estúpido senão o calam, nós vamos mandar calá-lo”.

“Considero esta uma ameaça a minha integridade física e também a minha vida, e é por isso que quero fazer do conhecimento ao povo fiel de Deus e da Igreja estas ameaças que considero se dão pela missão profética que como bispo da Conferência Episcopal e, em caso particular, como bispo de Matagalpa estamos levando a cabo, iluminando as consciências de nosso povo com a luz do evangelho”, afirmou o prelado durante o comunicado aos veículos da imprensa.

Diversas fontes indicam que as ameaças ao bispo de Matagalpa estão relacionadas com o papel de esclarecimento que vem exercendo a Igreja nicaraguense frente às próximas eleições presidenciais de 6 de novembro no país

No último dia 7 de outubro, os bispos da Conferência Episcopal da Nicarágua emitiram uma comunicado sobre o próximo processo eleitoral. Nele, exortaram os nicaraguenses a votar, e instaram “o Conselho Supremo Eleitoral a exercer suas funções com responsabilidade e honestidade, atuando com tal transparência no escrutínio dos votos que não permita nem mais a mínima dúvida acerca da vontade popular nestas eleições”.

O documento também definiu “Critérios para votar”, como por exemplo o inclinar-se por aqueles programas políticos nos quais o respeito à Constituição Política e ao Estado de direito da nação sejam uma prioridade. “Devemos apoiar propostas baseadas no respeito e na dignidade da pessoa humana e em seus direitos fundamentais, nas quais as instituições estatais estejam realmente a serviço do bem comum e nas quais haja sincera preocupação por liberar à política de toda sombra de corrupção”, disseram.

“Não podemos deixar de recordar que há exigências éticas irrenunciáveis para um cristão, pelo que ele não pode dar seu voto a programas políticos nos quais se promovam lei civis que favoreçam o aborto e a eutanásia e que não privilegiem a tutela e a promoção da família, fundada no matrimônio monogâmico entre pessoas de sexo oposto” concluíram os prelados na ocasião.

Texto original: Saúl Castiblanco

 

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