Procissão fluvial marca o dia de Nossa Senhora Aparecida em São Paulo
São Paulo (Sexta-feira, 14-10-2011, Gaudium Press) O dia de Nossa Senhora Aparecida foi lembrado na capital paulista com sinais de fé e consciência ambiental. Pelo oitavo ano consecutivo, a Arquidiocese de São Paulo realizou pelas águas do rio Tietê, a procissão fluvial.
Esta procissão faz parte do projeto Tietê Esperança Aparecida, que tem, além do aspecto religioso, o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do trabalho de despoluição e revitalização do rio que corta a o Estado de São Paulo. Em seguida, o arcebispo de São Paulo, cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, presidiu uma missa com a presença da imagem peregrina, na Paróquia São Luiz Gonzaga, em Pirituba, zona oeste da cidade.
Procissão faz parte do projeto Tietê Esperança Aparecid/ Foto: Departamento de Águas e Energia Elétrica |
A peregrinação da imagem começou no dia 22 de setembro, partindo do Santuário Nacional de Aparecida, e seguiu por vários municípios, entre os quais, Salesópolis – local da nascente do Tietê -, Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes, Suzano, Guarulhos.
A comemoração começou às 5h30 com uma cerimônia em frente à Igreja Matriz de Sant’Ana, na cidade de Santana do Parnaíba. Logo depois, a imagem foi levada em uma embarcação pelo rio até a Ponte do Piqueri, já na Marginal do Rio Tietê, em São Paulo, trazida pelo padre Palmiro Carlos Paes, pároco da São Luiz Gonzaga e idealizador do projeto. A imagem foi acolhida pelo bispo auxiliar de São Paulo e vigário episcopal da Região Brasilândia, dom Milton Kenan Junior.
Deste ponto, a procissão seguiu em carreata até a Paróquia São Luiz Gonzaga, onde foi recebida com uma queima de fogos e muita festa. Na igreja lotada, a imagem de Nossa Senhora foi entronizada por jovens sobre a réplica de um barco, recordando a cena de sua aparição, no século XVIII. Emocionados, os fiéis balançavam bandeirinhas azuis e brancas.
Na procissão, jovens com os rostos pintados e estendendo um tecido escuro simbolizavam a poluição do Rio Tietê. Também entraram dois vasos, um com água limpa e outro com a água poluída do próprio rio.
No início da homilia, Dom Odilo parabenizou o Padre Palmiro pela iniciativa da peregrinação da imagem de Nossa Senhora Aparecida pelo Rio Tietê, destacando que o evento realizado todos os anos cada vez mais chama a atenção das pessoas para a realidade ecológica ligada ao rio e à cidade.
O arcebispo também chamou a atenção para a relação de Nossa Senhora com as águas, não penas pelo fato de a imagem ter sido encontrada no Rio Paraíba do Sul, mas também recordou o relato do Evangelho proclamado na missa, sobre as bodas de Cana, quando Jesus transformou a água em vinho. “Nossa Senhora é sinal da presença da vida abundante, porque ela é mãe daquele que nos trás a abundância da vida”, afirmou.
Ao falar às crianças, cujo dia também é comemorado nesta data, o cardeal ressaltou que é preciso preservar a natureza para o futuro dessas crianças. “É para estes pequeninos que devemos cuidar bem das águas das plantas, do ar, das casas, das ruas, do convívio social. Eles têm o direito de herdar de nós um mundo melhor”. (LB)
Com informações da Arquidiocese de São Paulo
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