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Conferência Episcopal da Colômbia rechaça proposta de prisão perpétua no caso de homem que abusava da própria filha

Bogotá (Segunda, 30-03-2009, Gaudium Press) A Igreja Católica na Colômbia manifestou-se hoje (30) contra a possibilidade de pedir prisão perpétua para Arsebio Alvarez Quintero, o homem conhecido agora como o “monstro de Mariquita”, que abusou da própria filha durante mais de 20 anos. A vítima, agora com 32 anos, denunciou o pai, com quem teve oito crianças.

O secretário-geral da Conferência Episcopal da Colômbia, monsenhor Fabián Marulanda, rechaçou a proposta de alguns congressistas do país que defendem a prisão perpétua para este caso, mas ressaltou que estas pessoas devem ser castigadas “de maneira severa”. Recentemente, o austríaco Josef Fritzl – homem que abusou da própria filha por mais de 20 anos e teve com ela sete filhos – foi condenado à prisão perpétua.

“Pessoalmente eu não sou partidário da prisão perpétua. Condenar uma pessoa de 30, 40 anos a uma pena de 60, 70 anos, me parece o equivalente a sentenciá-los à morte”, disse o religioso.

O arcebispo ainda se disse transtornado com a notícia do incesto. “É uma noticia traumática que comove e desperta sentimentos muito fortes. Para mim é muito difícil entender como um pai de familia pode chegar a estes extremos e a estas condutas infames”, afirmou.

Monsenhor Marulanda também afirmou que outros casos como o do “monstro de Mariquita” podem se repetir em outras regiões da Colômbia.

 

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