Em encontro com jovens noivos em Ancona, Papa diz que amor precisa de maturação e gradualidade
Ancona (Segunda-feira, 12-09-2011, Gaudium Press) “Não vos desencorajeis diante das carências que parecem apagar a alegria na comunhão da vida, e evitai fechar-vos em relacionamentos intimistas, falsamente reconfortantes, porque o amor precisa respeitar os tempos e a gradualidade nas expressões; necessita dar espaço a Cristo, que é capaz de tornar um amor humano fiel, feliz e indissolúvel”. Foi uma lição de vida cristã de Papa Bento XVI aos jovens noivos na Praça do Plebiscito. O encontro encerrou as atividades do Papa na cidade de Ancona.
“Não é um tempo fácil o nosso – observou o pontífice – principalmente para vós jovens” que deveis crescer em “uma cultura que tende a prescindir de claros critérios morais” e que é marcada por “um relativismo que afeta os valores essenciais; a consonância de sensações, de estados de ânimo e de emoções”. O Santo Padre afirmou também que o maior problema dos jovens na Itália é a carência de um trabalho estável que “estende um véu de incerteza sobre o futuro” que, em consequência, “afeta de maneira negativa o crescimento da sociedade, que não consegue valorizar em cheio a riqueza de energias, de competências e de criatividade da geração dos jovens”.
No entanto, o Papa pediu aos jovens noivos para irem além destas dificuldades e nutrirem o amor principalmente na oração pessoal e comunitária, porque, conforme ele, a partir do crescimento no amor e no diálogo com Cristo, cresce também o amor humano. “Estai certos – continuou – que a Igreja também está próxima de vós, vos apóia, e não cessa de vos olhar com muita confiança”.
O noivado é “uma temporada única, que abre à maravilha do encontro e faz descobrir a beleza de existir e de ser preciosos para alguém, de poder dizer reciprocamente: você é importante para mim. Vivei com intensidade, gradualidade e verdade este caminho. Não renuncieis a perseguir um ideal alto de amor, reflexo e testemunho do amor de Deus”, disse o pontífice, ressaltando que “o amor requer um caminho de maturação”, e que “vive de gratuidade, de sacrifício de si, de perdão e de respeito pelo outro”.
Além disso, o pontífice exortou os noivo a “escolherem com convicção o ‘para sempre’ que denota amor”, pois, “a indissolubilidade, antes de ser uma condição, é um dom que deve ser desejado, pedido e vivido, além de qualquer mutável situação humana”. Por fim, disse: “Não penseis, segundo uma mentalidade difusa, que a convivência seja garantia para o futuro. Queimar as etapas acaba por ‘queimar’ o amor, que invés disso necessita respeitar os tempos e a gradualidade nas expressões; precisa dar espaço a Cristo, que é capaz de tornar um amor humano fiel, feliz e indissolúvel”.
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