Bispos americanos pedem que congressistas lembrem dos mais pobres ao decidir sobre cortes no orçamento
Washington (Quinta-feira, 28-07-2011, Gaudium Press) A discussão sobre a elevação do teto da dívida americana e sobre os cortes orçamentários que terão de ser feitos para reduzir o déficit atingem seu ápice. O teto atual vence no dia 2, terça-feira. Deputados republicanos estão na expectativa de passar um plano modificado para evitar um calote sem precedentes pelo governo na próxima semana, mas o senado não parece disposto a votar na proposta.
A nova medida apresentada pelo porta-voz da Câmara, John Boehner, foca-se em orçamentos de agências para cortar mais de 900 bilhões do déficit ao longo da próxima década enquanto permite um aumento proporcional nos empréstimos da nação para permitir ao governo pagas suas contas. A Casa Branca ameaçou com veto, enquanto o líder da maioria do Senado, Harry Reid, apresentou seu próprio plano no qual oferece cortes comparáveis em orçamentos de agências.
Senado americano não parece disposto a votar na proposta de elevação do teto da dívida do país |
No meio de todo esse debate, a Igreja também opinou. E se posicionou, naturalmente, ao lado dos mais fracos, tradicionalmente os mais atingidos por cortes de gastos públicos. Os bispos Stephen E. Blaire de Stockton, Califórnia, e Howard J. Hubbard de Albany, Nova York, chamaram o Congresso à responsabilidade sobre as dimensões moral e humana do orçamento corrente e do debate do teto da dívida.
Ambos pertencem ao Comitê de Justiça, Desenvolvimento Humano, Justiça Internacional e Paz da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos. Em uma carta à Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados), os bispos escreveram:
“Um justo panorama para orçamentos futuros não pode depender de cortes desproporcionais em serviços essenciais para as pessoas pobres. Requer um sacrifício compartilhado por todos, incluindo aumento adequado de receitas (impostos), eliminando desnecessários gastos militares, entre outros, e lidando com os custos em longo prazo de programas de seguridade de saúde e de aposentadoria de forma justa”.
Os bispos também disseram que toda decisão orçamentária deve ser pensada com base se protege a vida e a dignidade humana, como afeta “o mínimo destas”, incluindo os famintos e sem-teto, e quão bem reflete a responsabilidade partilhada do governo e outras instituições em promover o bem comum de todos, especialmente trabalhadores e famílias batalhando nesta economia atual.”
Com informações do episcopado americano.
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