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Dom Celli diz que meios de comunicação católicos devem ser fiéis à Palavra de Deus

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Para Dom Celli é necessário também investir em formação e qualificação dos profissionais de meios de comunicação católicos/ Foto: CNBB

Rio de Janeiro (Terça-feira, 19-07-2011, Gaudium Press) O segundo dia do 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom), que acontece no Rio de Janeiro deste domingo, 17, começou ontem com uma palestra do presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Cláudio Maria Celli. O prelado participou do painel “Concepção, filosofia, estruturas e modalidades da Comunicação na Igreja e a imagem na mídia” e falou sobre a importância da  mensagem a ser transmitida pelos meios de comunicação católicos.

Segundo Dom Celli, a Igreja tem o dever de transmitir a mensagem de Deus às pessoas para que elas estejam em comunhão. Neste sentido, o prelado afirmou que “não importa o computador, a câmera ou um microfone que está na sua mão, isso é tecnologia, e tecnologia a gente compra em qualquer lugar, o que importa de verdade é o que tem no coração, a sua fé”. Conforme o arcebispo, devemos saber o que comunicamos. “Se comunicamos para ganhar prestígio, ganhar bens, com desejo de ganhar adeptos, não estamos comunicando, segundo Deus”, sentenciou.

Dom Celli defendeu também o diálogo franco entre as TVs, Rádios e meios de comunicação católicos. Segundo o prelado, a relação das mídias católicas com diferentes meios deve ser de diálogo respeitoso, franco e verdadeiro. Para o arcebispo,  as equipes de comunicação, que atuam para a Igreja Católica, “devem ser profissionais, bem formadas e qualificadas, para que assim possamos formar as gerações futuras, que sabem utilizar de maneira primordial as novas tecnologias, para levarmos o anúncio de Cristo e o Evangelho a todos”.

Ainda no tema da formação e qualificação dos profissionais dos meios de comunicação católicos, o presidente do Pontifício Conselho de Comunicação Social fez um alerta aos profissionais que lá atuam. “A maioria das pessoas que trabalham em nossa rede não conhecem o Evangelho e nem a doutrina social da Igreja. Como falar sobre a verdade e a justiça sem saber as questões principais da Igreja?”, questionou.

Outras palestras
Participando do mesmo Painel de Dom Celli, também falaram sobre o tema, logo após o presidente do Pontifício Conselho, o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner; o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta; o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, Dom Dimas Lara Barbosa; e o diretor da Central Globo de Comunicação, Luiz Erlanger.

O dia de ontem ainda teve palestras em mais dois períodos: vespertino e noturno. À tarde, a presidente da Associação Católica de Comunicação (Signis-Brasil), irmã Helena Corazza, apresentou o “Seminário das Organizações e Instituições Católicas de Comunicação do Brasil”. Tal conferência teve a participação, entre outros, do representante da Rádio Renascença, de Lisboa, Nelson Ribeiro; do presidente da Rede Católica de Rádio (RCR), frei Carlos Romanini; e do diretor geral da TV Aparecida e vice-presidente da Associação Católica de Comunicação, Padre César Moreira.

Na parte da noite, foi a vez do professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Wilson Gomes, apresentar uma conferência sobre o tema “Uma Reflexão sobre a Mídia Contemporânea”.

Programação de hoje
Hoje às 9h foi realizado o Painel “Documentário, ficção e vida cotidina”, com o tema “A vida captada e narrada pelos meios de comunicação. Realidade e ficção. Interpretação e pontos de vista. A riqueza dos olhares e do diálogo. Ver, ouvir, sentir e estar no mundo. O evento teve a moderação do coordenador do Centro Loyola de Fé e Cultura, Padre José Fernandes.

A parte da tarde do evento de hoje será dedicada às oficinas, grupos de trabalho e a seminários.

 

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