Episcopado de Portugal pede união de todos os portugueses para mitigar crise socioeconômica do país
Lisboa (Quinta-feira, 14-07-2011, Gaudium Press) Em entrevista à Agência Ecclesia esta semana o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social (CEPS) de Portugal, Dom Carlos Azevedo, informou o parecer de diversas instituições católicas do país a respeito da situação socioeconômica portuguesa.
Conforme o prelado, o cenário que já não é dos melhores atualmente tende a agravar-se até 2012, já que, segundo boletim econômico do Banco de Portugal, deve haver uma quebra “significativa” na economia até o referido ano, acarretando a perda de 100 mil postos de trabalho.
Segundo Dom Carlos, nesta situação de crise, será preciso encontrar outros estilos de vida |
“As carências tinham estabilizado depois de, em 2009, terem crescido exponencialmente, mas agora recomeçam a crescer”, disse. o bispo Diante desta situação, é “necessária uma coesão nacional”. Para Dom Carlos, o Estado não pode agir sozinho para mitigar os efeitos da crise, mas deve criar “sinergias” e “confluências”.
Pensando desta maneira, disse ainda o presidente da CEPS de Portugal, é que a Igreja Católica do país “tem procurado contatar outros parceiros para potencializar o alcance do ‘Fundo Social Solidário’, criado em 2010 com o intuito de responder a situações extremas de necessidade”.
No entanto, Dom Carlos salienta: “as iniciativas da Igreja não são o bastante, é preciso haver iniciativas de toda a sociedade portuguesa, de todas as pessoas que partilham as situações aflitivas de muitos dos seus familiares e próximos, para encontrarmos estilos de vida que correspondam a essas reais situações”.
Conforme o bispo, encontrar outros estilos de vida é abandonar um consumo superelevado em relação às necessidades reais das pessoas. “Esta é uma mentalidade que vai ter de mudar. A cidadania passa por termos atitudes solidárias porque o Estado Social só pode existir se a sociedade for solidária”, sentenciou.
Mas isso não quer dizer, segundo Dom Carlos, a promoção de um “paternalismo assistencialista”, mas sim a busca por “formas duradouras e sustentáveis, com mais futuro, para que as pessoas possam sair da situação em que estão”.
Com informações da Agência Ecclesia
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