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Autoridades chinesas mantêm mistério sobre desaparecimento de bispos católicos

Pequim (Terça-feira, 12-07-2011, Gaudium Press) A denúncia do desaparecimento de quatro bispos chineses ligados à autoridade do Vaticano não obteve nenhum comentário esclarecedor por parte das autoridades do país. Segundo católicos do país, os prelados teriam sido sequestrados para participarem, nesta quinta-feira, 14, de mais uma ordenação episcopal não reconhecida pelo Papa.

Diante da denúncia, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hong Lei, apenas declarou que “a ordenação é uma manifestação concreta da liberdade de religião” e que, “de acordo com uma tradição decenal, a Igreja Católica chinesa conduz a escolha e a consagração dos bispos seguindo os princípios da independência e da autonomia”.

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Padre Giuseppe Guo Jincai, que foi ordenado bispo sem autorização papal

A relação entre a Santa Sé e a China, que já não é das mais amistosas, vem sofrendo uma série de abalos desde o final do ano passado, quando a Igreja Católica Patrótica do país ordenou, sem autorização de Bento XVI, o Padre Giuseppe Guo Jincai como bispo católico. O último acontecimento, que estremeceu ainda mais a ligação entre os dois estados, foi a ordenação ilegítima, no final de junho, de mais um bispo chinês, o sacerdote Paul Lei Shiyin.

A respeito da ordenação, a Santa Sé manifestou-se na semana passada, declarando que o Santo Padre não reconhece o reverendo Lei Shiyin como bispo legítimo de Leshan, diocese da província de Sichuan. Na ocasião, o comunicado expressou que a ordenação ilegítima “amargurou profundamente” o pontífice, que desejava dirigir “uma palavra de encorajamento e de esperança aos fiéis na China, convidando-os a rezar e a permanecerem unidos”.

Com informações da Ansa.

 

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