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No Domingo do Mar, Bento XVI rezou pelos marinheiros e pelas vítimas dos piratas

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 11-07-2011, Gaudium Press) Ao término do Ângelus deste domingo, o Papa Bento XVI apelou pelos marinheiros vítimas de piratas, pedindo para que aqueles sejam tratados com “respeito e humanidade”. A observação foi em alusão à celebração ontem do “Domingo do Mar”, data promovida anualmente pelo Apostolado do Mar do Pontifício Conselho para os Migrantes e Itinerantes a fim de chamar a atenção para os desafios espirituais, morais e materiais dos trabalhadores do mar e seus familiares.

Após a cerimônia mariana, Bento XVI recebeu em audiência privada no Palácio Apostólico de Castel Gandolfo uma representação internacional das famílias dos mais de 800 marítimos mantidos reféns pelos piratas no mundo.

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Ao término do Ângelus, Papa apelou pelos
marinheiros vítimas de piratas, pedindo para que aqueles sejam tratados
com respeito

“Penso, principalmente, nos capelães e voluntários que se dedicam ao cuidado pastoral dos marítimos, dos pescadores e suas famílias. Rezo também pelos marítimos que infelizmente foram sequestrados por piratas. Desejo que sejam tratados com respeito e humanidade e rezo por seus familiares a fim de que sejam fortes na fé e não percam a esperança de reencontrar em breve seus entes queridos”, disse, ainda no Ângelus, o Santo Padre.

Como informou o comunicado do Apostolado Marítimo da Fundação Migrantes da Conferência Episcopal Italiana, em 2010 a pirataria atingiu seu máximo histórico com 445 ataques, 53 navios sequestrados e 1.181 marinheiros capturados. E o fenômeno não parece diminuir, segundo os dados da IMB Piracy Reporting Centre.

Em uma recente mensagem, o Pontifício Conselho para os Migrantes e os Itinerantes pediu:

“Aos Governos e às Organizações Internacionais, para que ativem tempestivamente os oportunos canais para levar de novo sãos e salvos às suas casas os marítimos sequestrados e encontrem soluções para este problema, considerando que é necessário agir sobre as raízes profundas do fenômeno, como por exemplo a desigualdade na distribuição dos bens entre os países e a exploração dos recursos naturais”.

“Aos armadores, para que adotem medidas preventivas para garantir a segurança não somente dos navios e de suas cargas, mas também dos marinheiros. No trágico caso de um sequestro, tenham uma atitude de abertura e de apoio às famílias dos sequestrados e garantam a assistência imediata com o fim de reduzir os efeitos traumáticos a longo prazo”.

“A todos os marinheiros sequestrados, para que não percam a esperança de se reunir logo aos seus entes queridos e que permaneçam fortes na própria fé. A eles o Apostolado do Mar deseja levar toda a sua solidariedade”.

“Aos familiares dos marinheiros sequestrados, para que não hesitem em dirigir-se aos Centros “Stella Maris” para conforto e assistência. Em tais situações dramáticas os Centros Stella Maris podem, mais do que nunca, ser para eles um porto seguro e um farol de esperança. Que os marinheiros saibam que os capelães e os voluntários do Apostolado do Mar estão ao seu lado para enfrentar os longos meses de incerteza e de medo”.

“Às comunidades cristãs, para que rezem para Maria, Estrela do Mar, para proteger as pessoas do mar de qualquer possível perigo e para apoiar todos aqueles que, por causa da pirataria, estão atravessando um momento obscuro e difícil de suas vidas”.

“Aos piratas, para que ponham fim a tais ações criminosas, tomem consciência do grande drama que provocam aos marinheiros (e a suas famílias) e os tratem com respeito e humanidade”.

 

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