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“Sejam servidores da verdade e da caridade através da beleza e da harmonia”, diz Papa a artistas

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 04-07-2011, Gaudium Press) “Não separem nunca a criatividade artística da verdade e da caridade, não busquem nunca a beleza longe da verdade e da caridade”, pediu o Papa Bento XVI a artistas durante inauguração da mostra “O esplendor da verdade, a beleza da caridade – Homenagem dos artistas a Bento XVI pelo 60° aniversário de sacerdócio”.

Promovido pelo Pontifício Conselho da Cultura, a mostra é composta por 60 obras de artistas renomados mundialmente em várias expressões da arte, como pintura, escultura, arquitetura, ourivesaria, fotografia, cinema, música, literatura e poesia. No átrio da Sala Paulo VI, no Vaticano, a mostra ficará aberta ao público a partir de amanhã, até o próximo dia 4 de setembro.

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O Papa agradeceu a todos os artistas pela “amizade e pela gentileza”

No início da inauguração, que começou com meia hora de atraso, o Papa agradeceu a todos os artistas pela “amizade e pela gentileza” e fez votos de que o encontro fosse “uma nova etapa daquele percurso de amizade e de diálogo” que foi iniciado com o encontro na Capela Sistina em 2009. “A Igreja e os artistas – observou o Santo Padre – voltam a se encontrar, a se falar, a sustentar a necessidade de um colóquio que quer e deve tornar-se cada vez mais intenso e articulado, também para oferecer à cultura, aliás, para as culturas do nosso tempo, um exemplo eloquente de diálogo fecundo e eficaz, orientado a tornar este nosso mundo mais humano e mais belo”.

O encontro teve início com o “Pai Nosso” de Arvo Part, uma das 60 “peças” em homenagem a Bento XVI e com um vídeo de Pupi Avati sobre a juventude de Joseph Ratzinger com fragmentos da gravação original de sua ordenação sacerdotal. O filme termina com “votos do cinema italiano”. O Papa comentou o documentário: “Quantas coisas vocês me fazem lembrar”.

Em seu discurso, o Santo Padre convidou ainda os artistas a voltarem à “sinfonia” e à “perfeita harmonia” da verdade e da caridade. Porque o “mundo em que vivemos necessita que a verdade resplandeça e não seja subjugada pelo orgulho e pelo egoísmo”. Em seguida, o pontífice renovou “um amigável e apaixonado apelo” para os artistas serem “com coragem, perseguidores da verdade e testemunhas da caridade” na busca da beleza.

No fim da cerimônia, Bento XVI apreciou todas as obras da mostra e falou com os artistas presentes. Nem todos puderam comparecer, como o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, de 103 anos, um dos homenageantes do Papa.

Entre os presentes, no entanto, havia outro brasileiro: o padre franciscano Sidival Fila, que há anos trabalha em Roma e cuja obra de arte moderna foi apresentada hoje ao Papa. As suas obras representam a arte conceitual, informal e se baseiam no jogo de luz de acrílico e nylon sobre tela.

 

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