Parlamento da Polônia começa a discutir hoje a proibição total do aborto
Varsóvia (Quinta-feira, 30-06-2011, Gaudium Press) A Polônia iniciou hoje um fato histórico: um debate, na Câmara Baixa de seu parlamento, a respeito de um projeto de lei que proíbe todo tipo de aborto, iniciativa impulsionada pela fundação Pró, de Varsóvia, e que contou com o apoio dos bispos do país e de um recém-formado comitê parlamentar pró-vida.
Além das figuras já citadas, o projeto de lei teve um maciço apoio popular. Conforme estabelece o atual sistema político do país, eram necessárias 100 mil assinaturas de cidadãos em um prazo de três meses para que a discussão fosse levada ao Parlamento. Em um surpreendente resultado, foram obtidas 600 mil em 2 semanas.
Apesar de uma certa campanha contrária da mídia, o projeto seguiu seu caminho rumo ao Parlamento, já que o aborto é fortemente impopular no país, de grande tradição católica. Além disso, existe a história de como as práticas abortivas foram permitidas na Polônia. Segundo o representante da fundação Pró, Jacek Sapa, elas remetem à Hitler.
Posteriormente, explica Sapa, elas foram apoiadas pelos regimes comunistas subsequentes, que em nível estatal, promoviam o “aborto-em-domicílio”. Neste sentido, afirma o representante, a proibição total do aborto faz parte da inciativa de um movimento existente no país, que busca romper com o legado comunista polonês.
“Este projeto é uma oportunidade para rechaçar finalmente a herança do nazismo e do comunismo, que tornou o aborto legal na Polônia pela primeira vez” disse Sapa à LifeSiteNews. “Foram Hitler e Stalin que impulsionaram aos polacos e já é hora de que nos afastemos claramente destas ideologias fatais”, destacou.
Sobre o projeto de lei, o arcebispo de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, assistente pessoal do Papa João Paulo II durante seu pontificado, afirmou que esta “é uma solução que a Igreja pede. Estou a favor de todos os esforço encaminhados a melhorar a proteção da vida humana”.
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