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Para bispo de San Marino, visita do Papa é um “grande evento de fé para a vida da diocese”

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 15-06-2011, Gaudium Press) “A visita do Santo Padre à diocese de San Marino e Montefeltro representa um grande evento para a vida pessoal de fé e para a vida de toda a Diocese. Trata-se de uma importante ocasião de crescimento na fé”, ressaltou Dom Luigi Negri, bispo local. Bento XVI realiza neste domingo sua visita apostólica a San Marino, mais antiga república do mundo e terceiro menor Estado europeu, nesta que é a sua segunda viagem internacional de 2011 após ter visitado a Croácia nos dias 4 e 5 de junho para a primeira Jornada Nacional das Famílias.

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Conforme Dom Negri, especialmente para o evento, todas as paróquias da diocese realizarão peregrinação mariana

San Marino é um país encravado no território italiano da Região Emilia Romagna e nas circunstâncias eclesiásticas constitui a diocese de San Marino – Montefeltro, fazendo parte da Conferência Episcopal Italiana (CEI). Segundo a lenda, a evangelização da zona é atribuída aos santos escultores Marino e Leão, na metade do século III. São Marino, como fundador e padroeiro da República, junto a São Leão e Santa Ágata, são patronos da diocese.

As origens da República de San Marino e remontam ao século III, quando Leão e Marino chegaram na zona do Monte Titano em busca de pedras para serem trabalhadas. Graças a seu testemunho de vida cristã, numerosos cidadãos locais se converteram. Para fugir às acusações e perseguições, se retiraram para o Monte Titano. O território era propriedade de uma senhora, Felicissima, cujo filho, ao tentar matar Marino, torna-se cego e paralítico. O futuro santo, no entanto, o cura. Por essa graça, a mãe doa o terreno a Marino, e São Gaudêncio, o então bispo de Rimini, lhe dá ordem do diaconato.

Depois da morte de Marino, a comunidade cristã e civil continua a viver na liberdade e na observância de seus ensinamentos. O pequeno estado adota o seu nome e torna-se República de San Marino, objetivando a “soberana dignidade igualdade e liberdade de todos os homens, porque filhos de Deus”.

Hoje, San Marino, como outros países ocidentais, enfrenta o desafio da secularização, manifestado, entre outros fenômenos, no consumismo e no cientificismo. Porém, como afirma o bispo Negri, nas pessoas permanece ainda “a nostalgia” da fé. E é justamente para confirmar a fé que o Papa fará esta visita de um dia.

A viagem do Papa acontece sob o lema “Senhor, aumenta em nós a fé”. Bento XVI celebrará uma missa no estádio olímpico de Serravalle, rezará na Basílica de San Marino – que conserva as relíquias do santo – e por fim, em Pennabilli, encontrará os jovens locais. Além disso, “para este evento de responsabilidade, que é também um grande testemunho, nos preparamos com uma peregrinação mariana em todas as paróquias da Diocese”, disse o bispo Negri.

A visita do Papa é tratada como as demais realizadas na Itália, mesmo que a própria República seja um estado independente da República Italiana. Na comitiva papal, convidada pelo bispo Negri, estarão presentes ainda dois cardeais de Roma: o Cardeal Jozef Tomko, prefeito emérito do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais, e o Cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos.

 

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