Gaudium news > "A Igreja é santa porque é fruto do Espírito Santo, não da capacidade de seus membros", disse o Papa

"A Igreja é santa porque é fruto do Espírito Santo, não da capacidade de seus membros", disse o Papa

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 13-06-2011, Gaudium Press) “É o Espírito Santo que anima a Igreja. Ela não deriva da vontade humana, da reflexão, da habilidade do homem e da sua capacidade de organização (…). É, ao invés disso, o Corpo de Cristo, animada pelo Espírito Santo”. Foi o que afirmou o Papa neste domingo, na Santa Missa de Pentecostes que presidiu pela manhã na Basílica de São Pedro. Com a celebração de Pentecostes, 50 dias após a Páscoa, a Igreja Católica conclui o tempo pascal.

Durante a homilia, Bento XVI, trajando os paramentos de cor vermelha, refletiu sobre o Evangelho e as três leituras do dia. Meditando sobre o significado da festa, recordou a efusão do Espírito Santo no Cenáculo, que transformou os Apóstolos.

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Em sua homilia, Bento XVI disse que Pentecostes pode ser entendida como a festa da Criação

“A Igreja nos preparou, nos dias passados, para o Pentecostes com sua oração, com a invocação repetida e intensa a Deus para obter uma renovada efusão do Espírito Santo sobre nós. A Igreja reviveu o que aconteceu nas suas origens, quando os Apóstolos, reunidos no Cenáculo de Jerusalém, “eram perseverantes e unânimes na oração, junto com algumas mulheres e a Maria, mãe de Jesus, e seus irmãos” (Atos 1.14). Estavam reunidos na humilde e confiante expectativa de que se cumprisse a promessa do Pai que lhes foi comunicada por Jesus: “Vós, daqui a poucos dias, sereis batizados com o Espírito Santo… recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós” (Atos 1,5.8 )”, afirmou o Santo Padre.

Bento XVI explicou, citando aspectos da Criação contidos no Gêneses, que o Espírito Santo é sobretudo Espírito Criador, e que, portanto, Pentecostes pode ser entendida justamente como a festa da Criação. “Para nós cristãos, o mundo é fruto de um ato de amor de Deus, que fez todas as coisas e Ele se alegra porque “é coisa boa”, “coisa muito boa”. Deus, por isso, não é o totalmente Outro, inominável e obscuro. Deus revela-se, tem um rosto, Deus é razão, Deus é vontade, Deus é amor, Deus é beleza. A fé no Espírito Criador e a fé no Espírito que o Cristo Ressuscitado dá aos Apóstolos e dá a cada um de nós estão, portanto, inseparavelmente unidas”, disse aos fiéis na Basílica Vaticana.

O Papa ressaltou, por fim, que a Igreja é católica desde o primeiro momento e que a universalidade dela deriva precisamente do Espírito Santo. “Desde o primeiro instante, de fato, o Espírito Santo a criou como a Igreja de todos os povos; essa abraça o mundo inteiro, supera todas as fronteiras de raça, classe, nação; abate todas as barreiras e une os homens na profissão do Deus uno e trino. Desde o início a Igreja é una, católica e apostólica: essa é a sua verdadeira natureza e como tal deve ser reconhecida”.

Na manhã deste domingo estiveram presentes à missa com o Papa inúmeras famílias com crianças pequenas. No fim da missa Bento XVI saudou algumas e abençoou as crianças.

 

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