Prefeitura de Roma pode fazer pesquisa de opinião sobre a estátua em homenagem a João Paulo II
Segundo Papaboys, a estátua não exprime “o sentido de abraço de acolhimento” que pretendia |
Roma (Sexta-feira, 20-05-2011, Gaudium Press) A estátua em homenagem a João Paulo II, inaugurada recentemente em frente a Estação Termini, em Roma, não para de gerar polêmica sobre sua qualidade. Após artigo do jornal vaticano L’Osservatore Romano, que definiu a estátua como uma obra que “peca por uma escassa reconhecibilidade”, a prefeitura da capital italiana acenou para a possibilidade de realizar uma enquete online em seu site, com o intuito de avaliar a opinião dos cidadãos sobre a obra.
O prefeito de Roma, Gianni Alemanno, declarou em entrevista à Rádio Vaticano que pretende ouvir as opiniões das pessoas com muita calma, e afirmou que pode haver modificações. “Se o julgamento das pessoas não for positivo, se não se identificarem com a estátua e não a sentirem representativa de João Paulo II, então talvez algumas mudanças poderão ser feitas”, anunciou. Segundo a Ansa, fontes internas da prefeitura, no entanto, declararam que ainda não há certeza de que a enquete será realizada.
A opinião contrária a obra emitida pelo L’Osservatore Romano ganhou eco entre outros setores. A Associação Nacional Papaboys, grupo católico italiano de apoio ao Papa, por exemplo, afirmou que a estátua era inadequada. “Se a intenção era festejar o aniversário do Beato João Paulo II com uma ‘excelente ideia’, em nossa opinião, isso não foi absolutamente alcançado”, disse. Conforme o grupo, o rosto e a própria estátua não fazem justiça à lembrança que o mundo inteiro tem de Karol Wojtyla e “não exprimem o sentido de abraço de acolhimento que era suposto”.
Com o objetivo de minimizar a responsabilidade da prefeitura diante da obra, Gianni Alemanno declarou que a estátua só foi instalada depois de passar por uma avaliação de autoridades religiosas, e da Superintendência de Bens Culturais, que aprovaram o esboço. Por sua vez, o superintendentes do setor, Umberto Broccolo, asseverou que avaliação das autoridades vaticanas e do próprio Ministério de Bens Culturais foi realizada “a partir de fotos tiradas ao longo da realização da obra”.
Com informações da Ansa.
Deixe seu comentário