Papa diz que cristãos devem proclamar Cristo não “temendo o martírio”
Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 16-05-2010, Gaudium Press) Sob a direção do recém-nomeado prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Dom Fernando Filoni, o Papa recebeu neste sábado os participantes da Assembleia Ordinária do Conselho Superior das Pontifícias Obras Missionárias. O encontro ocorreu na Sala Clementina, no Vaticano.
Mais de 100 membros das Pontifícias Obras Missionárias participaram dessa audiência com o pontífice, entre elas o diretor das POM do Brasil, Padre Camilo Pauletti.
Em seu discurso, o Papa destacou que o empenho missionário dos cristãos deve estar presente em todo o setor da própria atividade, nos vários deveres. Os fiéis, além disso, não devem ter medo de proclamar o Evangelho, mesmo arriscando sua vida ao martírio, ressaltou o pontífice.
Segundo Bento XVI, a Igreja é chamada a responder com a Boa Nova aos novos problemas e às novas escravidões do nosso mundo. “A Igreja – prosseguiu o Papa – deve renovar constantemente o seu empenho de levar Cristo, de prolongar a sua missão messiânica para o advento do Reino de Deus, Reino de justiça, de paz, de liberdade, de amor”. Este mundo necessita da transformação com renovado entusiasmo da obra de evangelização.
O chamado à evangelização na “missio ad gentes” se refere a todo o cristão, não somente a bispos, sacerdotes, religiosas ou religiosos. Todos são chamados ao serviço da evangelização em todo setor da sua atividade e também toda pessoa, em seus vários deveres. A dimensão missionária deve estar presente em todo setor da pastoral da Igreja, ressaltou o Papa.
Ele acrescentou que o cristão “deve encontrar a seiva vital para a sua existência e o seu ministério missionário na Palavra de Deus e nos sacramentos, porque a evangelização não é somente um projeto humano e social”. Além disso, “o ministério da evangelização é fascinante e exigente: requer amor para o anúncio e o testemunho, um amor tão total que pode ser marcado também pelo martírio. A Igreja não pode falhar na sua missão de levar a luz de Cristo, de proclamar o feliz anúncio do Evangelho, mesmo que isso comporte a perseguição”, ressaltou o Santo Padre no fim de seu discurso.
Bento XVI aproveitou a ocasião para cumprimentar Dom Fernando Filoni pelas palavras que lhe haviam sido dirigidas em nome de todos os presentes. Ao mesmo tempo, o Papa expressou gratidão ao cardeal Ivan Dias “pelo generoso e exemplar serviço prestado ao dicastério missionário e à Igreja universal nestes anos”, na condução do mesmo.
O Papa agradeceu, ainda, ao secretário do referido organismo vaticano, Dom Savio Hon Tai-Fai; ao presidente das Pontifícias Obras Missionárias (POM), dom Piergiuseppe Vacchelli; e aos colaboradores da Congregação e diretores nacionais das POM presentes.
Com informações das Pontifícias Obras Missionárias.
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