"O corpo nos ensina o valor do tempo do lento amadurecimento no amor", diz Bento XVI
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 13-05-2010, Gaudium Press) Hoje pela manhã, justamente no dia do 30° aniversário do atentado na Praça São Pedro ao Papa Beato João Paulo II, Bento XVI recebeu em audiência particular os participantes do encontro comemorativo do aniversário da fundação do Pontifício Instituto João Paulo II para estudos sobre matrimônio e família, ocorrido também há 30 anos, no mesmo dia do infame atentado.
Em seu discurso, Bento XVI recordou o verdadeiro sentido do corpo humano, do amor e da sexualidade. Somente através de um caminho junto à maturidade no amor, homem e mulher encontram o verdadeiro sentido de sua sexualidade, da castidade e da vida juntos, reafirmou o Papa.
O Santo Padre lembrou que o corpo humano é o lugar onde pode habitar o espírito, por isto “os nossos corpos não são matéria inerte, pesada, mas falam, se soubermos escutar, a linguagem do amor verdadeiro”. Falando sobre o valor do amor conjugal, o Papa lembrou que somente no amor dos pais o homem pode reconhecer o amor originário de Deus, que o ajuda a aceitar a si próprio e a encontrar a reconciliação com a natureza e com o mundo.
No amor, o homem é “criador”, continuou Bento XVI. Estimulado pelo eros dado por Deus, consegue doar a si próprio à outra pessoa e à nova união dos dois. Assim, “o verdadeiro fascínio da sexualidade nasce da grandeza deste horizonte que se descerra” a partir da beleza integral do amor de Deus. Nesta união, se abre para um casal um caminho no qual “o corpo nos ensina o valor do tempo do lento amadurecimento no amor”. Neste contexto o Santo Padre ressaltou o verdadeiro sentido da castidade, que “não é um ‘não’ aos prazeres e à alegria da vida, mas o grande ‘sim’ ao amor” que dá a vida.
Ainda segundo Bento XVI, a beleza do corpo humano enfrenta também uma linguagem negativa, “fruto do pecado” que o quer separar de seu profundo sentido filial, pela opressão e o desejo de possuir e desfrutar do outro. Porém, o pecado não negou o verdadeiro e profundo sentido do corpo que se realiza na família, onde “o homem descobre a sua racionalidade” e se fundamenta no seu ser chamado ao amor.
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