Gaudium news > “O homem de hoje precisa da esperança e da verdade cristã”, afirma o Papa em missa em Veneza

“O homem de hoje precisa da esperança e da verdade cristã”, afirma o Papa em missa em Veneza

Veneza (Segunda-feira, 09-05-2010, Gaudium Press) Ainda como parte de suas atividades pela viagem apostólica que fez à Veneza, após ter visitado Aquileia, Bento XVI celebrou neste domingo, no Parque San Giuliano, uma santa missa para cerca de 300 mil fiéis. Na ocasião, o Santo Padre destacou em sua homilia, ao falar sobre o episódio dos discípulos de Emaús, que “o homem de hoje também precisa da esperança e da verdade cristâ”.

2011-05-08T103931Z_838897041_GM1E7581G1001_RTRMADP_3_POPE.JPG
O Papa reafirmou o seu chamado para que todos estejam próximos a
Jesus na oração

Também para os cristãos de hoje é necessário “deixar-se instruir por Jesus” através da sua Palavra, a Eucaristia, afirmou o Papa. Porque “também um povo tradicionalmente católico pode, todavia, adquirir em um sentido negativo, ou assimilar quase inconscientemente, os contragolpes de uma cultura que acaba por insinuar um modo de pensar no qual é abertamente recusada ou secretamente obstaculada, a mensagem evangélica”.

Falando sobre o episódio dos discípulos de Emaús, o Papa observou que o encontro com Jesus ressuscitado nos leva à conversão do desespero à esperança; à conversão da tristeza à alegria; e também à conversão à vida comunitária. A conversão não é somente uma fadiga, um afastamento ou uma renúncia, mas “a conversão cristã é também e principalmente fonte de alegria, de esperança e de amor”, explicou o pontífice.

Por isso, “também hoje se deve promover e defender com coragem a verdade e a unidade da fé. Deve-se prestar contas da esperança cristã ao homem moderno, tomado não raramente por vastas e e inquietantes problemáticas que colocam em crise os próprios fundamentos de seu ser e de seu agir”.

Porque “hoje, este ser de Cristo corre o risco de esvaziar-se de sua verdade e de seus conteúdos mais profundos; corre o risco de tornar-se um horizonte que somente superficialmente – e nos aspectos principalmente sociais e culturais – abraça a vida; corre o risco de reduzir-se a um cristianismo no qual a experiência de fé em Jesus crucificado e ressuscitado não ilumina o caminho da existência”, disse ainda Bento XVI.

“O problema do mal – continuou o Papa – da dor e do sofrimento, o problema da injustiça e do aniquilamento, o medo dos outros, dos estranhos e dos que estão longe que atinge também as nossas terras e parece atentar para aquilo que nós somos, leva os cristãos de hoje a dizer com tristeza: “nós esperávamos” que o Senhor nos livrasse do mal, da dor, do sofrimento, do medo, da injustiça”.

Neste contexto, o Santo Padre reafirmou o seu chamado para que todos estejam próximos a Jesus na oração, na leitura da Sagrada Escritura e na Eucaristia, “para que aqueça o nosso coração e ilumine a nossa mente, e nos ajude a interpretar os acontecimentos da vida e a dar a eles um sentido”. Para o Papa, a Eucaristia é “a máxima expressão do dom que Jesus faz de si mesmo e é um convite constante a viver a nossa existência na lógica eucarística, como um dom a Deus e aos outros”.

Falando sobre o propósito da viagem apostólica que realizava, ao fim da homilia o Papa encorajou as Igrejas do nordeste da Itália nascidas da “Igreja-mãe” de Aquileia a “traçar as linhas programáticas da nova evangelização, olhando com atenção aos numerosos desafios do tempo atual e repensando o futuro desta região”, sem ceder às “recorrentes tentações da cultura hedonística e aos chamados do consumismo materialista”.

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas