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Em sua 22ª visita pastoral na Itália, Papa visita Aquiléia e Veneza a partir de amanhã

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 06-05-2010, Gaudium Press) O Papa Bento XVI parte amanhã para Aquiléia em vista das preparações do segundo congresso da cidade, que em 2012 reunirá as 36 dioceses da Itália, Eslovênia, Croácia, Áustria e Alemanha nascidas a partir daquela Igreja mãe e hoje operantes. Na Basílica, encontrará os representantes da Assembleia do Segundo Congresso de Aquiléia.

Depois parte para Veneza onde, na Basílica de São Marcos, venerará as relíquias do santo evangelista e apóstolo. Domingo o Papa celebrará pela manhã a missa no Parque San Giuliano e depois, à tarde, participará da assembleia para a conclusão da visita pastoral diocesana e em seguida na Basílica da Saúde se encontrará com o mundo da cultura e da economia.

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O Papa Bento XVI parte amanhã para Aquiléia

“O homem de hoje está exposto a uma grande insegurança”, por isso necessita da confirmação na fé, disse o Cardeal Scola, patriarca de Veneza. “Tu confirmas a nossa fé” é o slogan dessa que é a 22ª visita pastoral de Bento XVI na Itália em seis anos de pontificad, a primeira em 2011.

O nordeste é uma das regiões mais ricas da Itália, com diversas possibilidades econômicas e por isso meta de grande imigração. O mundo de hoje precisa da fé, por isso foi escolhido o lema da visita “Tu confirmas a nossa fé”, como explica o cardeal Scola.

“O dever do Sucessor de Pedro – continuou o patriarca de Veneza – e de seu singular ministério, assim como disse Jesus, é justamente confirmar os irmãos na fé, isto é, nesta capacidade de apoiar-se integralmente no Senhor e com isso serem apoiados sobre a rocha sólida de Cristo, e gera uma visão e uma prática da vida que renova o eu. O outro elemento fundamental da visita, que está contido no lema, é justamente aquele “Tu”, o fato que nós ousamos usar o “tu” com o Papa porque o sentimos como uma pessoa da família, sentimos que ele está dentro de toda Igreja particular, está dentro da nossa Igreja. Por isto todos nós rezamos por ele todos os dias na Santa Missa. Teremos o grande dom de vê-lo pessoalmente, ele nos dará seu olhar, seu testemunho, o seu Magistério e isso poderá produzir nos homens e nas mulheres do nordeste aquela renovação profunda da qual todos nós sentimos a necessidade.

O purpurado, sobre a situação geopolítica da sua região, observou que “trabalho e família permanecem pontos firmes na grande tradição do nordeste, e o nordeste soube conjugá-los, principalmente depois da grande emigração, em uma maneira genial até construir aquilo que foi chamado o “modelo de desenvolvimento”. Agora, porém, os tempos estão mudando radicalmente e temos justamente necessidade de olhar com muito realismo as mudanças que estão em ato no campo afetivo, no campo do trabalho, no campo da vida, no campo da cultura, da economia, da finança, em consciência”.

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Paulo VI quando visitou Veneza em 1972

A região do nordeste italiano, aonde irá amanhã e depois de amanhã o Santo Padre, tem um forte laço histórico com o papado. Aquiléia é uma cidade rica de história milenar da Igreja, feita de mártires mas também de cisma e afastamento de Roma. Porém o Papa irá para sublinhar o significado mais profundo de que em Aquiléia nasceram 57 Igrejas, não apenas na realidade do Friuli Venezia Giulia, do Trentino Alto Agide, do Veneto, mas também na Croácia, na Eslovênia, na Áustria, na Baviera, no sul da Hungria.

Veneza, por sua vez, a segunda cidade visitada pelo Papa, é a sede patriarcal da diocese do Triveneto e uma “cidade de Papas” porque deu três pontífices: São Pio X (Giuseppe Sarto), o beato João XXIII (Giuseppe Roncalli) e o venerável João Paulo I (Albino Luciani). Bento XVI é o terceiro pontífice que visitará Veneza depois de Paulo VI no dia 16 de setembro de 1972 e João Paulo II em 16 de junho de 1985.

Na visita de 1972 à Veneza, Paulo VI vestiu sobre os ombros a estola do patriarca Luciani, quem seis anos depois tornou-se pontífice. Este momento foi lembrado por João Paulo I, logo após ter sido eleito, no Ângelus de 27 de setembro de 1978, quando falou sobre o significado do nome que havia adotado: “Papa Paulo VI não me fez somente cardeal, mas alguns meses antes, sobre as passarelas de Piazza San Marco, me fez ficar vermelho diante de 20.000 pessoas porque….porque tirou sua estola e a colocou sobre os meus ombros. Eu nunca havia ficado tão vermelho de vergonha”!

 

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