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A liturgia da Igreja compreende duas dimensões entre a tradição do passado e do futuro, diz o Papa

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 06-05-2010, Gaudium Press) O objetivo da “reforma conciliar” “não foi principalmente mudar os ritos e os textos, mas sim renovar a mentalidade e colocar no centro da vida cristã e da pastoral a celebração do Mistério Pascal de Criso”. Foi o que declarou o Papa Bento XVI aos participantes do Congresso Internacional de Liturgia, recebdios em audiência. O Congresso está sendo realizado pelo Pontifício Instituto Litúrgico Santo Anselmo à luz de seu 50° aniversário de fundação.

O Pontifício Instituto Litúrgico Santo Anselmo foi fundado pelo beato Papa João XXIII para assegurar uma sólida base na reforma liturgia conciliar através da celebração dos santos mistérios, da liturgia comparada, da Palavra de Deus, das fontes litúrgicas, do magistério, da história das instâncias ecumênicas e de uma sólida antropologia.

Em seu discurso hoje pela manhã, Bento XVI falou sobre a adequada reforma litúrgica pós-conciliar ressaltando que a liturgia tem duas dimensões: “uma epifania do Senhor e uma epifania da Igreja”, que se conjugam em unidade na assembleia litúrgica. “Na ação litúrgica da Igreja, subsiste a presença ativa de Cristo: aquilo que realizou em sua passagem no meio dos homens. Ele continua a torná-lo operante através da sua pessoal ação sacramental, cujo centro é constituído pela Eucaristia”.

“Infelizmente – continuou o Papa – talvez também por nós pastores e especialistas, a Liturgia foi vista mais como um “objeto” a ser reformado que um “elemento” capaz de renovar a vida cristã”. O verdadeiro programa de reforma desejado pelos Padres conciliares compreendia um equilíbrio da grande tradição litúrgica do passado com o futuro. Estes dois conceitos, ressaltou o Papa, “se integram: a tradição inclui ela mesma de algum modo o progresso. É como dizer que o rio da tradição traz em si também a sua nascente e caminha para sua foz.”

 

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