Gaudium news > “É urgente retomar princípios que cultivem o viver a vida com nobreza”, afirma arcebispo de Belo Horizonte

“É urgente retomar princípios que cultivem o viver a vida com nobreza”, afirma arcebispo de Belo Horizonte

Belo Horizonte (Sexta-feira, 06-05-2011, Gaudium Press) Em seu mais recente artigo, o arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, ensina a seus fiéis que a vida é caracterizada essencialmente pela nobreza com que se vive. O arcebispo parte do pressuposto que a vida é um dom e não meramente “uma oportunidade para desfrutar benesses”, que são efêmeras. Neste sentido, para se viver a vida com nobreza é preciso buscar o conhecimento na vida.

dom walmor.jpg
“Não se pode correr o risco de banir a dimensão da transcendência, própria do existir humano”, diz Dom Walmor

Contudo, conhecer, conforme o prelado, não é apenas “apossar-se de muitas informações que a cultura, nesse tempo cibernético da atualidade, proporciona”. Conhecer é buscar sabedoria e para alcançá-la, segundo Dom Walmor, é fundamental compreender que ela é dom de Deus. “Há de se aceitar a referência ao Criador. Não se pode correr o risco de banir a dimensão da transcendência, própria do existir humano (…)”, destaca.

Segundo o arcebispo de Belo Horizonte, banir essa dimensão da transcendência, perder a referência última e fundamental, é correr o risco de comprometer “o sentido fecundo de viver”, ou até mesmo de “viver a vida ancorada em muitos equívocos comprometedores dos rumos da própria vida e dos dias da sociedade contemporânea”, diz.

Por isso, afirma o prelado, é premente investir na análise da realidade, para que novas propostas possam ser feitas, com o intuito de corrigir estes possíveis erros. “É preciso superar desvarios como a corrupção e outros elementos deletérios, que impedem a sociedade brasileira de alcançar patamares de desenvolvimentos igualitários com mais rapidez, numa visão mais global das necessidades da população, particularmente dos mais pobre”, sentencia.

Conforme Dom Walmor, é necessário elencar, discutir e propor soluções “para que a justiça e paz sejam itens permanentes de pauta de noticiários” e também da agenda dos governantes. Segundo o prelado, neste ponto, não se pode esquecer a responsabilidade individual que cada cidadão tem na busca por mudanças. “Neste âmbito está uma alavanca determinante (…)”, afirma.

Para encerrar seu artigo, o prelado reitera o ponto de que para buscar respostas é preciso entender os desafios da cultura atual. Segundo ele, percebe-se que algo não vai bem no país, por exemplo, quando se observa “a infraestrutura defasada em muitos âmbitos da sociedade” ou as “estatísticas e vidas ceifadas nas estradas” comparadas “com a lentidão de encaminhamentos”.

Dessa forma, finaliza o arcebispo, não basta estar na vez de uma economia emergente ou deleitando-se com o que parece confortável. “É urgente retomar e partir, sempre, de raízes e princípios que cultivem o viver a vida com nobreza”, conclui.

 

 

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas