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Comandante da Guarda Suíça concede entrevista coletiva inédita à imprensa

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 05-05-2010, Gaudium Press) Hoje de manhã no refeitório do quarteirão suíço no Vaticano, pela primeira vez um comandante da Guarda Suíça Pontifícia (GSP) concedeu uma entrevista coletiva para a imprensa, aberta a todos os correspondentes do Vaticano e de Roma. Até agora as entrevistas eram reservadas somente aos jornalistas que vinham da Suíça para o juramento.

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Pela primeira vez um comandante da Guarda Suíça Pontifícia (GSP) concedeu uma entrevista coletiva

Um lindo sol nestes dias acolhe os peregrinos que vêm de todas as partes do mundo para visitar a Cidade Eterna. Depois do grande evento da beatificação de Papa João Paulo II no domingo passado, agora no Vaticano se espera uma outra festa menor, interna: o juramento dos 34 novos guardas suíços à fidelidade ao Papa. Nesta ocasião, pela primeira vez o comandante do Corpo, Daniel Anrig, decidiu conceder uma entrevista coletiva para a imprensa para todos os jornalistas, não só aos suíços, como aconteceu nos anos passados.

O sorridente Cel. Anrig chegou com 10 minutos de atraso, um detalhe particular no que diz respeito à famosa pontualidade suíça. Depois de uma breve saudação aos jornalistas em três línguas, italiano, francês e alemão, começou a responder às perguntas sobre a vida, desenvolvimento e atual situação da Guarda. A coletiva aconteceu dentro do quarteirão suíço no Vaticano na sala que todos os dias é usada pelos guardas como refeitório.

O Comandante, como em uma entrevista para a nossa agência, observou que na segurança, antes das técnicas há o ser humano. “Não é um problema ter novas tecnologias, o problema está em reagir na maneira adequada a estes novos desenvolvimentos. Fala-se muito (do uso) para os grandes eventos. Em minha opinião, o mais importante é aprender com a vida cotidiana. O que pode ser melhorado na vida cotidiana. Fizemos progressos no último ano. Desenvolvemos para os guardas novos, mas também para os antigos, diversas táticas pessoais. Mas diria que o mais importante é trabalhar sobre a própria pessoa”, afirmou, justificando o enfoque do Comando da Guarda no desenvolvimento da defesa pessoal.

O elemento mais característico do Corpo da GSP é, em primeiro lugar, o uniforme de três cores (amarelo, vermelho e azul) que torna famosos os guardas em todo o mundo. “O uniforme ajuda muito a manter a ordem – observa o comandante. Não somente como representação, mas também na gestão. Por exemplo, no último domingo na Praça se via logo onde estavam os guardas. Isto ajuda as pessoas a se moverem. O uniforme parece um pouco decorativo, mas justamente na multidão essas três cores são ideais”.

A jornada de um guarda se desenrola no ritmo de nove dias, divididos entre seis de trabalho, um para os exercícios e outro aprender a língua italiana. Depois, há três dias livres se não há um grande serviço extraordinário. O primeiro ano serve para conhecer o serviço e as pessoas; depois, lentamente os guardas são introduzidos nos serviços de segurança.

A celebração do juramento tem início hoje com as Vésperas na Igreja de Santa Maria no Campo Santo para os pais dos recrutas. Amanhã às 7h30 na Cátedra da Basílica vaticana o cardeal Secretário de Estado presidirá a missa para o Corpo. Logo depois, no Pátio de Honra do quarteirão suíço no Vaticano, acontecerá a rememoração dos mortos com a entrega das condecorações. A cerimônia do juramento será às 17h no Pátio de São Dámaso. O Papa receberá amanhã os novos guardas com seus pais em uma audiência privada.

 

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