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"Deus é a fonte primeira de toda verdadeira alegria”, afirma Dom Eugênio de Araújo Sales

Rio de Janeiro (Segunda-feira, 25-04-2011, Gaudium Press) Com o título “A alegria pascal”, foi publicado na última sexta-feira, 22, o último artigo do arcebispo emérito do Rio de Janeiro, cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales, de 91 anos. Dessa forma, “tratando sobre a verdadeira alegria que sacia o coração humano”, o purpurado encerrou a publicação de seus textos na imprensa do país, fato que vinha ocorrendo desde 1971.

Testemunho de sua despedida, o artigo de Dom Eugênio tentou esmiuçar o verdadeiro sentido da alegria. Estado da alma que o arcebispo emérito definiu como uma “atmosfera jubilosa de nossa mente, que se reflete em nossos sentimentos e que se irradia em nossos relacionamentos humanos”. Para o prelado, “Deus, felicidade eterna, é a fonte primeira e última meta de toda verdadeira alegria”.

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Dom Eugênio se despede como colaborador de jornais brasileiros

É necessário ter sempre presente a relação estreita entre Deus e a Alegria, porque muitas vezes, segundo Dom Eugênio, os homens trocam a alegria por prazeres. “Mas o prazer não é alegria; é uma excitação momentânea e passageira, que deixa a pessoa recair no vazio, na decepção e na solidão(…) As alegrias, no entanto, mesmo pequenas, mas verdadeiras, preenchem-nos do belo e da luz”, diz.

Neste sentido, para o purpurado, o exemplo perfeito de alegria cristã é Jesus Cristo, que mesmo sabedor do fim de seus dias caminhou para Jerusalém. “Diz então o Evangelho que Jesus, já caminhando na direção da cidade onde deverá morrer, oferece ao Pai do céu todo o seu ser e toda a sua obra, sente-se feliz com o empenho generoso dos seus discípulos e começa a rezar”.

Dando um enfoque pessoal a seu derradeiro artigo, o arcebispo emérito do Rio abordou também o que lhe alegrava. “O que hoje motiva minha alegria são especialmente duas coisas: Primeiro, lembro-me com gratidão que pude trabalhar com todo empenho pelo Evangelho, esta causa mais sublime de Deus (…)Tenho diante de mim um segundo motivo de incalculável alegria: vejo no Arcebispo Dom Orani João Tempesta, meu atual sucessor, um homem sábio que nos foi dado por Deus”.

Em suas palavras finais, Dom Eugênio distribuiu seus mais profundos agradecimentos “aos jornais que, abrindo espaço, permitiram a irradiação de minhas mensagens; aos leitores, cujo interesse animou e gratificou o meu trabalho e, finalmente, a todos os que, com zelo e competência, ajudaram os meus esforços de manter, desde o ano 1971, a coluna semanal nos jornais para divulgar a fé e a doutrina”.

Por fim, o cardeal convidou todos a se abrirem à mensagem da Páscoa, “pois nela se anuncia aquele supremo fim que será a transformação e exaltação de toda a história (…) Esta é a nossa Páscoa. Desde já participamos, na fé e no amor, desta última e definitiva liturgia: em Cristo e com Cristo queremos ser um vivo ofertório, um louvor sem fim ao Pai da eternidade”.

No próximo sábado, 30, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, escreverá um artigo em homenagem a Dom Eugênio.

 

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