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Membros de diocese italiana realizam peregrinação pelos 30 anos da visita de João Paulo II

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 28-03-2011, Gaudium Press) O trabalho humano deve ser visto na perspectiva cristã, isto é, na própria dignidade inserida no mistério da redenção. Foi o que lembrou o Santo Padre aos participantes da peregrinação da diocese italiana de Terni-Narni-Amelia, na ocasião do 30º aniversário da visita de João Paulo II a Terni. Os peregrinos foram recebidos na manhã deste sábado pelo Papa na Sala Paulo VI.

Bento XVI se concentrou em dois aspectos da vida humana: a dimensão eucarística e o trabalho. “Pela Eucaristia de fato, na qual Cristo torna-se presente em seu ato supremo de amor por todos nós, aprendemos a habitar como cristãos a sociedade, para torná-la mais acolhedora, mais solidária, mais atenta às necessidades de todos, particularmente dos mais fracos”. Os cristãos são chamados a viver de maneira “eucarística” e a contribuir com unidade e amor nas sociedades.

Por outro lado, entre os problemas que deve enfrentar o âmbito trabalhista no tempo da recente crise o Santo Padre frisou o desemprego, o respeito e a segurança do trabalho. O trabalho humano é importante porque faz parte também da vida da sociedade. “As difíceis ou precárias condições do trabalho tornam difíceis e precárias as condições da própria sociedade, as condições de um viver ordenado segundo as exigências do bem comum”, observou o Papa. As ansiedades e dificuldades para garantir um trabalho seguro, digno e estável devem ser superadas pela “lógica da gratuidade e da solidariedade”.

O trabalho, continuou o Santo Padre, nas várias partes do mundo, é “instrumentalizado”, tornando-se meio de exploração da dignidade da pessoa. Bento XVI também questionou o trabalho aos domingos e ressaltou a importância de se guardar o dia para Deus. “Infelizmente nas nossas sociedades o ritmo do consumo pode nos roubar também o sentido da festa e do domingo como dia do Senhor e da comunidade”, ressaltou.

Na Sala Paulo VI estiveram presentes 8 mil pessoas, na maior parte operários, vestidos com seus uniformes profissionais e acompanhados de suas famílias. Em um gesto de solidariedade aos trabalhadores, o Santo Padre chegou a colocar capacetes sobre sua cabeça.

 

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