Papa faz apelo pelo fim do conflito armado na Líbia

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 28-03-2011, Gaudium Press) Pela segunda vez desde o início das instabilidades no país, há uma semana, o Papa Bento XVI vem a público pedir o fim do conflito armado na Líbia. O apelo foi feito durante a celebração da cerimônia mariana do Ângelus neste domingo, antes e também após sua tradicional reflexão sobre o Evangelho do dia.

Ângelus deste domingo foi baseado na leitura do Evangelho do dia, do encontro de Jesus com a Samaritana

“Faço um apelo aflito aos organismos internacionais e àqueles que têm responsabilidades políticas e militares, pelo imediato início de um diálogo, que suspenda o uso das armas”, na região norte-africana, disse o Papa. O pontífice se expressa pela segunda vez depois de apenas uma semana do conflito libanês pedindo “a incolumidade e a segurança da população civil”.

“Nos momentos de maior tensão faz-se mais urgente a exigência de recorrer a todos os meios dos quais dispõe a ação diplomática e de apoiar também o mais tênue sinal de abertura e de vontade de reconciliação entre todas as partes envolvidas, na busca de soluções pacíficas e duradouras”, continuou. Bento XVI exortou “um retorno à concórdia na Líbia e na inteira região norte-africana” e pela paz também no Oriente Médio.

O Ângelus deste domingo foi baseado na leitura do Evangelho do dia, do encontro de Jesus com a Samaritana. Refletindo sobre os textos, afirmou aos fiéis presentes na Praça de São Pedro que desta história “emerge o tema da “sede” de Cristo, que culmina com o grito na cruz”. Para o Papa, Jesus Cristo é a resposta para a sede do homem de vida eterna, é o dom ao qual o homem responde na liberdade.

A água simboliza o sacramento do Batismo, “fonte de vida nova” para todo homem. “Graças ao encontro com Jesus Cristo e ao dom do Espírito Santo, a fé do homem se realiza completamente, em resposta à plenitude da revelação de Deus”, frisou.

Estiveram presentes na Praça petrina para acompanhar o Ângelus neste domingo numerosos fiéis brasileiros em peregrinação quaresmal à Roma. “Agradecido pela vossa presença e união na oração, desejo a todos a água viva que Jesus ofereceu à Samaritana, dizendo-lhe que a mesma se torne uma fonte que jorra para a vida eterna”, disse, ao grupo, o Papa.