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“O mundo precisa de homens e mulheres pacíficos e pacificadores”, diz o Papa na audiência geral

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 23-03-2011, Gaudium Press) “Hoje, como no tempo de São Lourenço, o mundo precisa muito de paz, precisa de homens e mulheres pacíficos e pacificadores. Todos aqueles que creem em Deus devem ser sempre fontes e trabalhadores da paz”. Nesta quarta-feira, ao abordar São Lourenço de Brindes na catequese da tradicional audiência geral da semana, retomada após a interrupção na semana passada devido aos Exercícios Espiritais, o Papa refletiu sobre a paz no mundo moderno e fez referências ao atual conflito na Líbia.

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Papa chegou a audiência geral dentro do papamóvel. Milhares de fiéis o saudaram como de costume

Pela primeira vez após o período invernal na Europa, a audiência geral aconteceu novamente na Praça de São Pedro, na presença de 10 mil peregrinos. A esses, Bento XVI apresentou o Doutor da Igreja São Lourenço, que nasceu em Brindes, na Itália, no século XVI. Após a morte do pai, foi confiado pela sua mãe aos frades capuchinhos. Em 1575, se torna ele próprio um capuchinho, e em 1582, é ordenado sacerdote. Foi canonizado em 1881 e recebeu, pela sua “vigorosa e intensa atividade”, pela sua ciência “vasta e harmoniosa”, o título de ‘Doutor Apostolicus’ pelo Papa João XXIII, em 1959, por ocasião do quarto centenário de seu nascimento.

O santo capuchinho foi um “pregador eficaz” graças a um profundo conhecimento da Bíblia, e também da literatura rabínica. Este conhecimento lhe permitiu “ilustrar de forma exemplar a doutrina católica também aos cristãos que, sobretudo na Alemanha, tinham aderido à Reforma”, explicou o Papa.

Segundo Bento XVI, o santo foi um homem de paz e “conselheiro muito requisitado e ouvido”, tendo um dom para uma retórica convincente tanto no âmbito diplomático quanto no diálogo ecumênico, e também para com as pessoas mais humildes. “Ele se dirigia às gentes humildes para chamar todos à coerência da própria vida com a fé professa”, observou o Papa.

O seu exemplo, como dos capuchinhos e de outras ordens religiosas nos séculos XVI e XVII, uma enorme contribuição para a renovação da vida cristã. Exemplo que deve ser seguido nos dias atuais. “Também hoje, a nova evangelização precisa de apóstolos bem preparados, zeloso e corajosos, para que a luz e a beleza do Evangelho prevaleçam sobre as orientações culturais do relativismo ético e da indiferença religiosa, e transformem os vários modos de pensar e agir em um autêntico humanismo cristão”, disse o pontífice.

Falando sobre a espiritualidade de São Lourenço de Brindes, o Papa ressaltou o “excepcional fervor” do santo, que se exprimia na grande dedicação de seu tempo para oração e de forma especial para a celebração da Santa Missa.

“Na escola dos santos, cada presbítero, como frequentemente foi destacado durante o recente Ano Sacerdotal, pode evitar o perigo do ativismo, isto é, agir esquecendo-se das motivações profundas do ministério, somente se preocupando com a própria vida interior”, alertou o Papa.

 

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