Pastoral da Criança apresenta novos desafios e prepara nova campanha para 2011

Curitiba (Sexta-Feira, 25-02-2011, Gaudium Press) É de conhecimento geral o trabalho da Pastoral da Criança por todo o Brasil e pelo mundo e o bem sucedido método de ensino e de aplicação do soro caseiro para combater a desidratação, um dos projetos mais conhecidos e divulgados da Pastoral. No entanto, os tempos mudaram e hoje a pastoral enfrenta desafios maiores e mais complexos, além do aumento significativo da dependência dos serviços de saúde.

Nelson Ars Neumann, filho da fundadora da Pastoral, Zilda Ars.

Segundo o coordenador nacional adjunto da Pastoral da Criança e coordenador da Pastoral da Criança Internacional, Nelson Arns Neuman, a parte fácil de atuação da Pastoral passou. Ele afirma que o número de crianças por família diminuiu nos últimos anos, porém as distâncias para atendimento aumentaram.

O coordenador destacou que a Pastoral entrou em uma nova fase, com foco nos pobres e também em novas doenças, o que exige uma maior qualificação por parte dos 240 mil voluntários que possui. Outro desafio apontado por Neuman diz respeito à administração do caixa, que teve uma queda no repasse de verbas e perdeu alguns importantes parceiros.

“Quando um trabalho é iniciado, a expectativa da Pastoral não é com ganho de escala, mas com a transferência de metodologia para a saúde e educação e também de gerenciamento”, explica o coordenador.

Pensando nesses novos tempos e analisando as necessidades atuais, a Pastoral da Criança está preparando uma nova campanha para reduzir o número de mortes causadas por infecções respiratórias, como a pneumonia. Através da campanha, os agentes vão pedir aos pais para que a primeira dose de antibiótico seja imediata, logo após a consulta com o médico e ainda dentro da unidade de saúde. A iniciativa pretende ainda alertar para informações incompletas em bulas de remédios.

De acordo com a assessoria da Pastoral da Criança, trata-se de uma nova batalha da pastoral, que, em 2009, obteve sucesso com a campanha “Este lado para cima”, ao orientar os pais sobre a posição mais segura para evitar a morte súbita de bebês. O novo trabalho pretende mostrar e reafirmar que a instituição continua firme no propósito de salvar a vida das crianças.