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Plenária em Roma discute formação dos seminaristas

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 17-02-2011, Gaudium Press) Esta semana foi divulgado o levantamento realizado pelo Anuário Estatístico da Igreja que aponta um crescimento no número de presbíteros em todo o mundo. Este aumento, no entanto, está vinculado também à formação dada nos seminários durante todo o período de preparação dos novos sacerdotes.

Em 2009, durante a Assembleia Plenária da Comissão Pontifícia para a América Latina, o Papa Bento XVI deu um alerta aos formadores afirmando que “os seminaristas devem aspirar ao sacerdócio movidos unicamente pela vontade de serem autênticos discípulos e missionários de Jesus”. Ainda durante seu discurso, o Santo Padre disse que “os formadores e professores devem distinguir-se pela sua capacidade acadêmica e pela sua fidelidade à Igreja”.

Para colocar em prática as palavras do Papa, a Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma, através do Centro de Formação de Sacerdotes, realizou uma semana de estudo sobre a “Formação Espiritual Pessoal dos Seminários”. Entre outros temas discutidos, estava a questão sobre como integrar o projeto pessoal de cada candidato ao sacerdócio com sua formação que deve ser iniciado tão logo o jovem se sinta “chamado” para a vocação.

O encontro contou com a participação de reitores de seminários, diretores espirituais e outros educadores a partir de uma variedade de contextos cultural e eclesial.

Pela primeira vez foi abordado o tema sobre a convivência dos seminaristas tão logo ingressem no seminário. Houve um consenso sobre a preparação dos jovens que deve ser de forma responsável através de uma vida em comunidade, ensinando as virtudes da vida humana, a oração, o estudo profundo da sagrada ciência e a iniciação gradual para o ministério pastoral.

Durante os diversos workshops realizados, houve uma sintonia entre os palestrantes. Houve menção a “Exortação Apostólica Pastores Dabo Vobis” do Papa João Paulo II e a “Carta aos Seminaristas” do Papa Bento XVI. Na prática, a secularização e a subjetividade contemporânea são vivenciadas como um desafio de recrutar e não apenas como um inimigo para lutar de forma reativa. 

Segundo o professor Eduardo Baur, diretor do Centro de Formação Sacerdotal, isto é possível 
através da “sinceridade de vida entre os candidatos e os educadores dando prioridade à confiança e a capacidade de se comunicarem”.

Sobre o tema direção espiritual, os participantes do encontro afirmam que ela deve ser centrada no “valor, na amizade, no respeito de sua própria consciência e na ação do Espírito Santo “, e não apenas um simples acompanhamento, ou dicas ocasionais. Por outro lado, os seminaristas também devem mostrar uma certa abertura para acolher a orientação e formação espiritual dada pelo seu bispo diocesano.

A troca de experiências entre todos os participantes enfatizou que a educação para o celibato, oração e caridade pastoral é o verdadeiro desafio para a construção da personalidade dos futuros sacerdotes. “Estruturado em torno da forma de auto-sacrifício da vida, praticado constantemente pelas virtudes de critérios claros e com um coração feliz centrado em Jesus Cristo”, finalizou Eduardo Baur.

 

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