Gaudium news > “Deus não é um rival que ameaça o homem, Ele quer dar a plenitude da vida”, disse o Papa na festa da Epifania

“Deus não é um rival que ameaça o homem, Ele quer dar a plenitude da vida”, disse o Papa na festa da Epifania

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 06-01-2011, Gaudium Press) Deus não é um rival para o homem, mas sua palavra revelada pela Bíblia Sagrada nos mostra a verdadeira estrela da existência humana. Foi o que disse, nessa manhã, o Santo Padre durante a celebração da missa da solenidade da Epifania, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A festa da Epifania lembra a manifestação de Deus no Menino Jesus para os Reis Magos.

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Papa advertiu estudiosos a não restringirem a Sagrada Escritura a um mero objeto para estudo

Os magos eram provavelmente homens sábios “em busca da “verdadeira luz que é capaz de apontar o caminho a percorrer na vida”, recordou o Papa. Eram pessoas que acreditavam em sinais de Deus na criação para descobrir e decifrar os vestígios de Deus que procuravam, conforme o pontífice.

Aos homens, afirmou o Santo Padre, “Deus pode parecer um rival, que o priva de seu habitat, de sua autonomia, de seu poder “, que também “indica o caminho a percorrer na vida e, assim, o impede de fazer tudo o que se deseja”. Ver Deus como um rival, de fato, “traz insatisfação e descontentamento”.

Bento XVI deseja que “devamos remover de nossas mentes e de nossos corações a ideia de rivalidade, a ideia de que Deus seja uma limitação para nós mesmos; devemos abrir-nos à certeza de que Deus é amor omnipotente que não tira nada, não ameaça, e que, aliás, é o Único capaz de nos oferecer a oportunidade de viver plenamente, para experimentarmos a verdadeira alegria “.

O pontífice ainda destacou que Deus, entrevisto nas coisas criadas, pode “ser encontrado” com o olhar profundo da investigação e um razoável desejo movido pela fé. Na criação se encontra a sabedoria de Deus, sua imaginação inesgotável e seu amor infinito. Na beleza do mundo, no seu mistério, na sua grandeza e na sua racionalidade encontra-se a “racionalidade eterna”.

O Papa advertiu também os estudiosos a não restringirem a Sagrada Escritura a um mero objeto para estudo e discussão de especialistas. O que é necessário é ver a Palavra de Deus conservada na Bíblia e na Tradição viva da Igreja como “a verdade” e como os seres humanos a podem “realizar plenamente e de forma segura”. O homem não pode “limitar sua mente pela ciência que não está de acordo com a fé, que em suas teorias chegam sempre até um certo ponto e não pode explicar o significado último da realidade”, afirmou o Santo Padre. Isso porque “os critérios de Deus são diferentes dos critérios humanos. Deus permite que o homem livre, não obtenha respostas definitivas para os sistemas de criação do homem, como a economia. Ele expressa o seu poder no amor. E na Sua Palavra que o homem pode “encontrar” a verdadeira estrela ” que o orienta nas incertezas de sua existência.

Durante a celebração da Epifania, após a proclamação do Evangelho, foi anunciada a data da Páscoa que neste ano será no dia 24 de abril. O novos cardeais, Gianfranco Ravasi e Walter Brandmüller, assistiram o Santo Padre durante a Santa Missa.

 

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