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“A Paz é um dom de Deus, mas também tarefa nossa de todos os dias”, afirma bispo de Erexim (RS)

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Segundo Dom Girônimo, a novidade do novo ano poderá ser começá-lo a partir do nosso interior

Erexim (Quarta-Feira, 05-01-2011, Gaudium Press) Em seu mais recente artigo, intitulado “Caminho para a Paz”, Dom Girônimo Zanandréa, bispo da diocese de Erexim, no Rio Grande do Sul, afirma que ao começar um novo ano todos nós vivemos as alegrias e esperanças do início: presentes, apertos de mão, abraços, risos, foguetes, músicas, enfim, a alegria do povo, porque tudo é novo. No entanto, ele ressalta que não se faz um ano em um dia e que precisamos viver 365 dias em um ano.

Para o bispo, a novidade do novo ano poderá ser começá-lo a partir de nosso interior, com o desejo de amar e respeitar a todos, sem distinção e, de perdoar a quem nos ofendeu. “É preciso buscar a paz em nosso interior”, salienta. Ele recorda que a cada ano o Papa propõe um tema sobre a paz para a nossa reflexão e oração, e para o ano de 2011 a mensagem de Bento XVI leva o título de: “Liberdade Religiosa, Caminho para a Paz”.

“A mensagem do pontífice nos apresenta o desafio de intensificar o anúncio e o testemunho do Evangelho da Paz, proclamando que o reconhecimento da verdade plena de Deus é condição indispensável para a consolidação da verdadeira paz. Pois, na base da paz, estão arraigados a verdade, a justiça, o amor e a liberdade”, destaca Dom Girônimo.

Segundo o prelado, o Papa ainda menciona na sua mensagem que a liberdade religiosa existe automaticamente quando é coerente com a busca da verdade e com a verdade do ser humano. Bento XVI conclui seu comunicado, conforme Dom Girônimo, afirmando que o “ser humano não pode ser fragmentado, dividido por aquilo que crê, porque aquilo que crê tem um impacto sobre a vida da pessoa”.

O bispo acredita que o grande desafio para aqueles que crêem é, diante das diferentes tradições religiosas, conseguir se sentar frente a frente e se por em diálogo. “Para que esse diálogo se estabeleça, faz-se necessário reconhecer o outro. Isso supõe compreensão mútua e o reconhecimento da identidade. E que, apesar das diferenças, do outro lado está um irmão, uma irmã, um companheiro e uma companheira de caminhada rumo ao Absoluto, que compartilha o amor, a esperança e a fé”, completa.

Nesse processo de diálogo, Dom Girônimo afirma que o essencial é não confundir unidade com uniformidade. O diálogo precisa ser colocado em pé de igualdade para que aconteça o respeito entre as religiões, que têm força para mobilizar seus fiéis de uma maneira ou de outra, que o façam, então, pela paz. “No mundo em que vivemos povos e culturas se entrelaçam. Então, por que não buscar a “unidade na diversidade” e aproximação nas semelhanças, contribuindo, assim, com a liberdade religiosa como caminho para construção da Paz?”, questiona o bispo.

Por fim, o prelado lembra que a paz é um desejo de todos, mas que ela somente acontecerá quando formos capazes de nos reconciliar, nos acolher, nos perdoar, jogar fora as mágoas e os ressentimentos. “Ela é um dom de Deus, mas também tarefa nossa de todos os dias”, conclui.

 

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